A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), de 52 anos, tornou-se conhecida por defender o direito à acessibilidade e ao tratamento para doenças raras. Ela fez um depoimento emocionado, no Senado, a favor da regulamentação da maconha medicinal, no último dia 26, durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos.
A sessão debatia o plantio e comercialização do cânhamo (Cannabis com concentração elevada de canabidiol, o CBD, e quase zero de THC, substância que causa efeitos psicoativos).
Reportagem da Folha de S. Paulo diz que Mara Gabrilli se tornou porta-voz em defesa do uso medicinal da planta.
Mara Gabrilli expôs detalhes de sua vida e dos benefícios da planta para a sua saúde quando a derrota da matéria parecia certa. “Sabe por que fiquei de licença?”, perguntou a senadora. “Todo período que eu fiquei sem THC, que me tratei só com CBD, eu desenvolvi uma epilepsia.”
As crises foram sintomas do que ela chama de epilepsia visceral, desenvolvida depois que ela mudou de medicamento neste ano. Em vez de usar remédios dos Estados Unidos que combinavam CBD e THC, recebeu autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e passou a importar o óleo de CBD puro.
Em 2016, Mara Gabrilli recuperou parte dos movimentos dos braços e passou a dirigir a própria cadeira. “Ser contra a Cannabis medicinal é condenar milhares de pacientes a uma vida de sofrimento. Sem ela, seria uma tetraplégica acamada.”
*Com informações do jornal Folha de S. Paulo.