A agente comunitária de saúde da comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, vive um drama. Rosilaine Santiago, moradora da comunidade, foi surpreendida pela decisão de um juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que determinou que o filho dela, de 8 anos, deve ser entregue ao pai por entender que a área onde eles vivem é perigosa.
A decisão é de 2017. A defesa da agente comunitária recorreu, um desembargador anulou a medida. Porém, um outro juiz, no ano passado, manteve a decisão inicial concedendo a guarda da criança ao pai, que mora em Joinville (SC). O argumento, desta vez, foi que o garoto precisaria de referências masculinas.
Leandro Cardona, advogado da mãe da criança, disse que vai recorrer novamente para buscar anular a decisão, pois a compreensão da família é que a medida tem uma interpretação preconceituosa porque vive em uma região de baixa renda.
A situação é considerada delicada, pois há contra o pai do menino uma ação protetiva, movida pela mãe, por violência doméstica. Rosilaine e Rogério Pinto, pai da criança, conheceram-se em 2010, viveram juntos por quatro anos e depois se separaram.
Para acompanhar o processo, o pai da criança, que é sub-oficial das Forças Armadas, mudou-se para S. Gonçalo, município nos arredores do Rio de Janeiro.
*Com informações da TV Globo e do site G1.