A Copa do Mundo de futebol masculino de 2018, disputada na Rússia, pagou 400 milhões de dólares em premiação. Porém, a Copa do Mundo de futebol feminino, disputada neste ano na França, distribuiu menos de 10% desse total: US$ 38 milhões.
As duas competições tiveram o mesmo organizador: a Fifa, entidade internacional de direito privado. Mas essas distorções também ocorrem em disputas patrocinadas com recursos públicos, segundo especialistas.
O projeto lei (PL 1416/19) tramita na Câmara e propõe isonomia nas premiações para homens e mulheres em competições esportivas. O texto já foi aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.
Há modalidades esportivas que a discrepância salarial e de premiação entre homens e mulheres é menor, como no tênis. A tenista norte-americana Billie Jean King liderou a luta pela igualdade de pagamento aos atletas.
Na década de 1970, o torneio US Open de tênis foi um dos primeiros a garantir prêmios iguais para homens e mulheres tenistas.
Nas competições patrocinadas com dinheiro público, a advogada desportiva Leila Barreto disse que a igualdade na premiação é uma exigência constitucional.
A proposta que garante premiação igual para homens e mulheres em competições esportivas patrocinadas com recursos públicos também será analisada nas Comissões do Esporte e de Constituição e Justiça.
*Com informações da Agência Câmara.