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Em NY, Mara participa de debates na ONU sobre pessoas com deficiência

Ao participar em Nova York (Estados Unidos) da 12ª sessão da Conferência dos Estados-Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a senadora Mara Gabrilli (SP) fez duas palestras. Nelas, a senadora destacou a necessidade de adotar medidas mais inclusivas no mundo, ressaltou o esporte como alternativa e mencionou a baixa representação de mulheres na política.

“Precisamos acabar com todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas. Queremos uma política mais ética, inclusiva, igualitária e democrática. Vamos buscar os nossos espaços, nos fortalecer e trabalhar para isso. As mulheres do mundo estão unidas nessa luta!”, discursou, em inglês.

A primeira palestra ocorreu no dia 12, durante o “Encontro de Mulheres com Deficiência na Política e na Liderança Pública: Desafios para Beijing+25”. Na ocasião, a senadora assinou um documento para buscar a plena participação, igual e efetiva, das mulheres em todos os níveis de tomada de decisão no governo de seu país.

Beijing +25 é um documento internacional que busca o empoderamento e o combate à violência contra mulheres e meninas.

Representação

Segundo o Relatório Gender Gap 2018, produzido pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil caiu para a 92ª posição entre 144 países.

“Há dois anos, estávamos na 79ª posição. A baixa representação feminina no mercado de trabalho e na política foi o principal responsável por essa queda, apesar do relatório demonstrar avanços em áreas como educação e saúde. O Brasil, infelizmente, está avançando menos que os demais países. E o relatório não mensura as questões da deficiência, que geram mais desigualdades”, afirmou.

Construído a partir de razões entre os sexos, o objetivo do GGI é classificar os países a partir das diferenças de gênero e não pelo seu nível de desenvolvimento.

A segunda palestra aconteceu no dia 13, no evento “1 bilhão de vozes tornando o invisível visível”, que reuniu pessoas de diferentes países para contar histórias de superação no esporte.

Esporte

“Sempre tive no esporte um ponto de equilíbrio fundamental para meu dia a dia. Antes de sofrer o acidente cheguei a correr uma ultramaratona de 100 km. Já tetraplégica, participei de uma maratona aquática de 24 km”, disse a senadora.

Em seguida, Mara Gabrilli acrescentou: “Ainda antes de entrar para a vida pública, fundei o Instituto Mara Gabrilli, para ajudar a promover a autonomia das pessoas com deficiência”.

A senadora contabilizou o trabalho no instituto. “O IMG [Instituto Mara Gabrilli] apoia 26 atletas, mas mais de 100 já estiveram conosco. Recebo uma energia muito grande da força de vontade e da superação que todos sempre tiveram. São campeões nas quadras, nas pistas e nas piscinas, que representam o Brasil em competições nacionais e internacionais.”

Homenagem

Mara Gabrilli também prestou uma homenagem aos atletas, pelos quais nutre grande admiração. “Foram os atletas que me imbuíram do desejo de transformar as cidades. Foram os maiores motivadores do trabalho de construção de políticas públicas que faço hoje.

O esporte é uma importante ferramenta de inclusão, de construção da paz e do desenvolvimento dos países. Esse lema é fortemente defendido pelas Nações Unidas e merece também o reconhecimento do poder público e de toda a sociedade civil”, completou.

Debates

Mara Gabrilli integrou os debates do encontro “Garantir a inclusão de pessoas com deficiência em um mundo em mudança por meio da implementação da Convenção da ONU”.

Algumas das mesas de debates apresentaram temas como: Tecnologia, digitalização e TICs para o empoderamento e inclusão de pessoas com deficiência”; Inclusão social e o direito ao mais alto padrão atingível de saúde; e Inclusão de pessoas com deficiência na sociedade por meio da participação na vida cultural, recreação, lazer e esportes.

Em 2018, Mara Gabrilli foi eleita para integrar um seleto Comitê da ONU que monitora a Convenção nos 161 países signatários. O Comitê é composto por 18 peritos independentes e tem um mandato de quatro anos. É a primeira vez que um brasileiro integra esse comitê.

*Com informações da assessoria da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).