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Comissão aprova projeto de Mara sobre dedução de gastos com próteses e órteses

Senadora Mara Gabrilli (SP) relatou o projeto/ Foto: Arquivo Pessoal

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado aprovou o projeto de lei, proposto pela senadora Mara Gabrilli (SP), determinando que as  despesas com próteses, órteses e tecnologias assistivas específicas para pessoas com deficiência poderão ser deduzidas da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

“O projeto é uma medida simples e de reduzido impacto orçamentário, mas que pode permitir à pessoa com deficiência um passo importante na direção da cidadania”, disse a parlamentar.

O projeto será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em decisão terminativa.

Pela proposta de Mara Gabrilli, o projeto também prevê a exigência da comprovação da despesa com receituário médico e nota fiscal em nome do beneficiário. A tucana  Gabrilli lembra que a Constituição determina que os impostos, sempre que possível, tenham caráter pessoal e sejam graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.

Segundo a senadora, a legislação do Imposto de Renda estabelece critérios de distinção entre contribuintes, buscando aproximar-se tanto quanto possível, em um universo composto de milhões de indivíduos, da realidade de cada um.

A parlamentar argumenta que a legislação dos impostos (Lei 9.250 de 1995) está desatualizada no que tange à possibilidade de dedução de despesas com próteses e tecnologias assistivas voltadas para pessoas com deficiência.

Atualmente o texto cita apenas “aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas”, sem citar expressamente os recursos das tecnologias assistivas. Para a senadora, as tecnologias assistivas podem ser definidas como “o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão”.

Mara Gabrilli, que é tetraplégica, reconhece que alguns decretos já buscam facilitar a aquisição de equipamentos para pessoas com deficiência. Ela argumenta, porém, que seu projeto pode “dar força e eficácia concreta a esse aparato normativo”.

*Com informações da Agência Senado e assessoria da parlamentar.