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Mariana Carvalho cobra de ministro mais atenção à educação

Durante a sessão, no plenário da Câmara com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a deputada federal Mariana Carvalho (RO) cobrou que o ensino seja tratado como prioridade e defendeu que as ideologias, sejam elas quais forem, não ditem os rumos da área no país.

“Quando cheguei aqui em 2015 esperávamos que a educação fosse prioridade. Pátria Educadora era o lema da então presidente Dilma. Infelizmente, não foi o que vimos”, ressaltou a deputada federal. Ela destacou que, além da não conclusão das novas creches, as já existentes muitas vezes são apenas “depósitos de crianças”.

Mariana Carvalho lamentou que o tema educação só tenha se tornado o assunto do momento devido ao anúncio de contingenciamento de recursos para universidades e institutos federais.

Críticas

A parlamentar lembrou que ao longo dos últimos anos, nos governos anteriores, o Brasil teve 11 ministros em 16 anos, cortes em programas essenciais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec),  deixou um legado de obras inconclusas: 700 creches inacabadas.

De acordo com a deputada, correntes ideológicas distintas buscam usar a educação como pauta, colocando ensino básico e ensino superior em lados opostos. “Não pode haver oposição. Ambos são fundamentais e precisam estar juntos para chegarmos a uma educação de qualidade”, disse.

Mariana esteve no Instituto Federal de Rondônia (IFRO), campus Calama, a convite dos alunos, logo após o anúncio de contingenciamento. A deputada ouviu as preocupações dos estudantes e da direção da instituição. De acordo com o que foi repassado e reafirmado pelo ministro na Câmara, o contingenciamento afeta de fato 3,5% dos recursos das instituições.

Contingenciamento

Questionado por Mariana Carvalho sobre a possibilidade de o bloqueio de recursos atingir realmente as instituições nos próximos meses, o ministro garantiu que a partir de setembro, quando de fato algum efeito poderá ser sentido, o governo já terá novas fontes para manter as atividades. “Estamos trabalhando por outras receitas”, afirmou o ministro.

A deputada federal sugeriu que o dinheiro oriundo das investigações em torno dos desvios na Petrobras, que recupera recursos, destine-se à educação. Há um acordo em fase de negociação envolvendo vários órgãos.

“Queremos dar esse voto de confiança e esperamos que o MEC possa colocar a qualidade da educação sempre em primeiro lugar, valorizando essa área que é fundamental para o país, sempre buscando a valorização dos profissionais que fazem a educação”, afirmou Mariana Carvalho.

*Com informações do PSDB na Câmara.