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Bancada feminina acredita que aumento do número de mulheres na Câmara pode ampliar direitos

A participação das mulheres na Câmara dos Deputados cresceu nesta legislatura. Além do aumento do número de deputadas, que passaram a ocupar quinze por cento do total de cadeiras da Câmara, pela primeira vez uma mulher ocupa o cargo de Primeira Secretária da Mesa Diretora, a deputada Soraya Santos, do PR do Rio de Janeiro.

Soraya Santos atribui o aumento da participação feminina na política à garantia de trinta por cento de candidaturas dos partidos para mulheres e à exigência de que elas participassem da propaganda política na mesma proporção.

“Bastou dar voz, através da televisão e rádio, e recursos para essas mulheres que nós tivemos o maior aumento de mulheres no parlamento da História do país. Nós aumentamos em 51 por cento em relação às existentes. Então, quando a gente vê, essas mulheres chegando, cada uma numa área, de Engenharia, de Medicina, professoras, pessoas que têm um conteúdo fantástico, a pergunta que faço: será que realmente mulher não gosta de política ou era ausência de oportunidade?”

Soraya Santos espera agora o comprometimento das deputadas para garantir que pelo menos dez por cento das cadeiras das assembleias municipais sejam ocupadas por mulheres. Em sua opinião, não é possível fazer leis sem que haja uma união entre homens e mulheres.

A Secretária da Mulher da Câmara, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, do DEM de Tocantins, destaca a necessidade de procedimentos para fiscalizar as medidas de incentivo à participação das mulheres na política.

“Nosso objetivo é transparência no uso desses recursos, a garantia de que as mulheres que serão candidatas sejam candidatas de verdade, candidatas reais, que defendam suas pautas e que tenham condição para essa disputa política”.

Para a Professora Dorinha é essencial o trabalho de preparação para as mulheres que se interessam pela política.

“Muitas mulheres querem ser candidatas, mas às vezes elas têm receio em relação ao desempenho, em relação à gestão, ao desconhecimento da legislação, e a nossa ideia é fazer essa ação em cada um dos diferentes estados, com parceria com os diferentes partidos, porque o nosso objetivo é um só: lugar de mulher é onde ela quiser estar, e nós queremos também mulher na política”.

No ano passado, 27 projetos de atenção à mulher transformaram-se em lei. Entre as prioridades da bancada para este ano estão o projeto (PL 5248/16) que prevê a realização do eco cardiograma fetal pelo SUS e o que cria uma política nacional de dados relacionados à violência contra as mulheres.

*Da Agência Câmara