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Rally Dakar terá número recorde de participação feminina na edição de 2019

Na edição de comemoração dos 40 anos do Rally Dakar, que começa em Lima, no Peru, na próxima segunda-feira (14), 17 mulheres estão inscritas. Número histórico de participantes femininas no evento que há dez anos é disputado na América do Sul. Distribuídas em cinco categorias elas sonham em repetir o feito da alemã Jutta Kleinschmidt, a única mulher da história a ter vencido o Rally Dakar, quando ganhou a competição entre os carros em 2001.
A principal representante feminina é a espanhola de 33 anos, Laia Sanz. Ela ficou em nono lugar em 2015 e disputará pela nona vez o rali nas motos. “Esta corrida também é para as mulheres disputarem. As mulheres estão fazendo um bom trabalho há anos. É muito bom ter mulheres e meninas que vejam o rali pela televisão, assim como eu fazia desde pequena”,  disse em entrevista coletiva.
Gabriela Novotna, da República Checa, vai competir nas motos depois de desafiar a oposição da família ao vê-la começar em provas de rali. “Todos os familiares tiveram uma reação interessante. Minha avó reclamou: ‘Você passou por três faculdades para ficar andando de moto no meio do perigo?’”, contou.
Nenhuma brasileira está na lista das competidoras. A representante feminina do país na prova, fica por conta da empresária Nany Varela, de 57 anos, que será chefe de uma equipe. O filho mais novo, Bruno, de 22 anos, e o marido Reinaldo, de 59 estarão sob seu comando. Eles irão competir na categoria UTV, de veículos utilitários, categoria em que Reinaldo foi campeão em 2018. “A grande participação das mulheres me deixa orgulhosa. Elas se mostram competentes e corajosas para encarar esse desafio. Fazer rali é como desafiar uma selva”, afirmou a brasileira.
O Brasil terá 11 representantes no Rally Dakar. Serão nove entre os UTVs e dois entre as motos. Reinaldo Varela, o atual campeão, disputará pela oitava vez a competição e aponta os sul-americanos como os principais obstáculos para o bicampeonato. “Estamos no mesmo nível dos competidores regionais. Eles são os grandes favoritos, porque nasceram e viveram nas dunas, que são a parte mais difícil. Elas são uma surpresa o tempo inteiro, porque cada uma é muito diferente da outra”, afirmou.
*Com informações do IstoÉ