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Mesmo mais qualificadas, mulheres ainda enfrentam dificuldades para ter seu próprio negócio

Dificuldade das mulheres de terem seu próprio empreendimento foi tema do seminário ‘O Futuro do Emprego e o Emprego do Futuro’, que ocorreu em São Paulo no fim mês passado. Mesmo mais qualificadas, obstáculos como falta de autoconfiança, resultado da cultura da dominação masculina nos cargos mais elevados e o não estímulo às jovens mulheres ao empreendedorismo, as impedem de terem seu próprio negócio.

A presidente do PSDB-Mulher em Sergipe, Suely Ouro, é empresária da moda e escritora concorda com as pontuações feitas no encontro. Para ela o medo do fracasso impede muitas pessoas de tentarem abrir seu próprio negócio.

“Para Albert Einstein, “uma pessoa que nunca cometeu erros nunca tentou algo novo”. A maioria dos brasileiros tem vontade de abrir o próprio negócio. Só que nem todos conseguem. A principal razão para que as pessoas não dêem o primeiro passo é o medo de fracassar. O que você precisa saber é que todo mundo tem medo de falhar. O sucesso só vem para quem se arrisca”, destacou a tucana que vem de família simples e começou a trabalhar aos 12 anos de idade.

Suely disse ainda que “sempre fui muito curiosa e busquei sempre aprender mais”, ao destacar a importância de se preparar para o mercado.

Nana Lima, uma das debatedoras do evento que é co-fundadora da startup Think Eva, consultoria que busca fortalecer a comunicação de empresas e marcas com o público feminino. Ela defende que o governo intervenha mais na questão de liberação de crédito para as mulheres empreendedoras para corrigir o grande desequilíbrio histórico.

De acordo com a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Regina Guimarães, autoestima e confiança devem ser melhor trabalhadas nas mulheres. “Faz toda a diferença ter mulheres em cargos altos tanto para as empresas como para promover uma mudança de cultura no país”, afirmou. Ela defende que é preciso fazer as mulheres perceberem desde cedo que podem ocupar espaços que são predominantemente ocupados por homens.

Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão, com informações da Folha de S.Paulo