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Pobres ficaram ainda mais pobres devido à crise no Brasil, segundo IBGE

Dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (5) mostram que como consequência da crise econômica no Brasil, não só a pobreza aumentou, como também a intensidade dela. Em 2017, 54,8 milhões de brasileiros estavam vivendo abaixo da linha da pobreza. De acordo com a pesquisa, a renda mensal dos pobres que era R$ 183 inferior ao patamar mínimo da linha da pobreza em 2016, passou para R$ 187 em 2017.

Para a Presidente do PSDB-Mulher do Ceará, Sheila Diniz, a corrupção é a principal responsável por esta situação do país. “A crise no país trouxe um aumento da pobreza e um desequilíbrio financeiro para as pessoas que trabalham e vivem no Brasil. Nós todos estamos vivendo essa situação em virtude da corrupção, do serviço público que está sendo maltratado.”

Multiplicando o valor da renda média dos pobres pelo número de pessoas que vivem na pobreza o resultado é R$ 10,2 bilhões, esse é o valor de investimento necessário mensal para que a pobreza seja erradicada. Sheila aponta um cenário de muito trabalho para o próximo governo. “O governo que assume agora a partir de primeiro janeiro deve ter um serviço público equilibrado, um cenário acima de tudo de muito serviço. Para melhorar essa condição de pobreza no país é preciso criar situações favoráveis por regiões, trabalhando na geração de emprego e renda,” completa.

Cerca de R$ 30 bilhões serão destinados ao principal programa federal de combate a pobreza, o Bolsa Família, em 2019. O número de brasileiros pobres em 2016 eram de 2 milhões a menos do que em 2017 e a renda era um pouco maior. Naquele ano seriam necessários R$9,95 bilhões por mês para que a pobreza não existisse.

Aproximadamente 15 milhões dos quase 55 milhões de brasileiros que estão em condição de pobreza, estão em situação ainda pior: abaixo da linha da pobreza extrema. A pesquisa também mostrou que 33 milhões (16%) de brasileiros em 2017 não tinham acesso à moradia, saneamento básico, proteção social, internet e educação.

Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão