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Indicadores sobre a presença feminina no agronegócio crescem

Pesquisa feita pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) sobre a participação das mulheres no Agronegócio constatou aumento da presença feminina no setor. Entre 2004 e 2015, o índice subiu 8,3%, já a presença masculina caiu 11,3%. O crescimento feminino ocorre num momento em que a força de trabalho diminuiu 6,6%.

No mesmo período, a quantidade de mulheres com ensino superior duplicou, passou de 7,6% para 15%, enquanto a participação das que possuem apenas o ensino fundamental reduziu. O estudo também mediu o nível de satisfação das mulheres em relação ao salário, que foi de 56%, e ao emprego, de 68%.

Três pesquisas no setor serão desenvolvidas pelo Cepea, órgão que é ligado a USP (Universidade de São Paulo). Esta primeira está relacionada a evolução da mulher no agronegócio. A segunda será sobre a participação delas no setor e a terceira irá tratar da desigualdade salarial na área. Apesar dos avanços, ainda é preciso melhorar o nível hierárquico ocupados por elas, segundo o centro de estudos.

O órgão estuda a participação da mulher em quatro áreas, na produção (dentro da porteira), insumos, agroindústria e agrosserviços. Segundo a pesquisa, os setores de agrosserviços (45%) e agroindústria (34%) eram os que contavam com maior presença feminina. Cerca de 20% trabalhavam dentro da porteira, setor ao qual as principais funções desempenhadas por elas foram na avicultura, horticultura e extração de leite.

Houve uma evolução anual de 5,3% nas contratações de mulheres com carteira assinada, pela melhora na economia, com destaque no agronegócio. Também teve avanço na contratação de mulheres casadas, sem filhos e com mais de 30 anos.

*Com informações do Jornal Folha de S.Paulo