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Uso do crack na gravidez gera sequelas por anos na vida dos filhos

Foto: EBC

Reportagem exibida neste último domingo (4) pelo Fantástico, revista eletrônica da rede Globo, mostrou como as sequelas do crack podem perdurar por anos na vida dos filhos de usuárias da droga. A repórter Luciana Osório acompanhou por seis anos crianças que sofreram desde o parto com os efeitos da dependência química das mães.

A tendência é que as crianças nasçam, cresçam e voltem pro hospital por volta dos quatro, cinco, seis anos de idade devido a um atraso da maturação cerebral, o que leva a uma dificuldade cognitiva, mas não por terem uma inteligência menor.

O uso do crack leva a uma diminuição do fluxo de sangue para a placenta, o que acaba interferindo no crescimento do bebê, porque ele não recebe a quantidade de sangue suficiente.

O médico obstetra, Tenilson Amaral, avaliou 166 pacientes, 83 usuárias de crack e 83 não usuárias. Nas dependentes químicas a média de peso do bebê foi menor. Eles geralmente nascem prematuros pela falta de pré-natal e pelo uso da droga.

A reportagem mostrou que os filhos de usuárias de crack podem ter desenvolvimento neurológico diferente. Quando nascem podem ficar agitados com qualquer estímulo, tendo até tremores e convulsões em casos mais graves. Crescem mais hiperativas, inquietas e com baixa tolerância a frustração.

Pesquisa feita pela Fundação Osvaldo Cruz em 2013, revelou que mais da metade das usuárias de crack engravidaram pelo menos uma vez durante a dependência química.

*Com informações do Fantástico