Para evitar aborrecimentos ao término de um relacionamento, algumas pessoas têm optado por uma alternativa inovadora para proteger seus bens materiais: o contrato de namoro. O documento ainda é uma novidade. Apenas 17 foram assinados no Brasil em 2018, de acordo com informações da reportagem da revista eletrônica exibida pela rede Globo de Televisão, Fantástico. A primeira tesoureira da Executiva Nacional do PSDB-Mulher, Cecília Otto, aprovou a ideia. Para a tucana, o contrato pode proteger as mulheres que tem ganhado o protagonismo no mercado de trabalho.
“A gente tem que entender que a mulher hoje no mercado de trabalho às vezes consegue ter uma ascensão bem maior que o homem. E olha que as nossas diferenças salariais ainda acontecem. Mas, existem mulheres que despontam. Aí quando o emocional tem um processo maior, logico que você pode acabar sendo uma vitima. Então, porque não fazer?”, disse e citou um exemplo ilustrado na reportagem de uma moça que teve de dividir sua empresa com o ex-namorado. “Me chamou a atenção justamente um dos casos em que o ex-namorado ficou com 50% de todo o trabalho que ela levou a vida para construir porque ele alegou na justiça que tinha uma união estável.”
O contrato de namoro é uma coisa nova porque, a partir do novo Código Civil, a definição do que é união estável ficou muito tênue. Ele evita que isso aconteça e resguarda o patrimônio de ambos.
“Eu acredito que se existe realmente há boas intenções não há problema nenhum em fazer o contrato. Mas, se existir más intenções essa falta de resguardo da vida a dois pode acarretar problemas. E mulher tem que ser esperta. O mundo mudou. As linguagens sociais mudaram, as famílias mudaram, tem novas características de atuação na sociedade. Então, eu acho extremamente justo.”, elogiou Cecília Otto a novidade.
Reportagem: Shirley Loiola