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Estudo liga 12% das mortes por câncer de mama à falta de atividade

O Ministério da Saúde apresentou na última sexta-feira (19) um estudo inédito no País que indica que uma em cada dez mortes de mulheres por câncer de mama poderia ser evitada pela prática regular de atividade física, cerca de 150 minutos por semana. A pesquisa ainda liga outros hábitos à ampliação do risco, como o uso abusivo de álcool e dietas com excesso de açúcar.

As informações foram divulgadas no artigo científico Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990-2015), publicado online pela revista Nature. A pesquisa teve apoio do governo brasileiro e concluiu que 2.075 mortes poderiam ter sido evitadas, apenas no ano de 2015, se as pacientes realizassem ao menos uma caminhada de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana.

Conforme o levantamento, a atividade física diminui o estradiol e aumenta a globulina de ligação. Nesse processo, há redução de situações inflamatórias. “Atividade consome hormônios que sobrecarregam as glândulas mamárias”, explica Fatima Marinho, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Metas

O Ministério da Saúde afirma que já adotou metas internacionais contra o sedentarismo, incluindo deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta e ampliar em no mínimo 17,8% o porcentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até o mesmo ano.

*Com informações do Estadão