De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 55,65% dos partos feitos no Brasil são cesáreas, o segundo país com maior percentual no mundo. O primeiro é a República Dominicana, com 56,4%. A necessidade de diminuir esse alto índice foi uma das pautas colocadas em debate no 32° Congresso Mundial da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) que teve início no último domingo (14), no Rio de Janeiro.
O diretor da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Corintio Mariani Neto alertou em declaração para Agência Brasil, que apesar se manterem estáveis, as taxas continuam muito altas no país. Na Europa, o percentual é de 25% e de 32,8% nos Estados Unidos, por exemplo. Na Holanda a média é inferior a 15%.
Corintio destacou fatores que favorecem o elevado número de cesáreas no Brasil. Um deles é a vontade da paciente em ter o parto cesárea. Outro fator, é a tendência de as mulheres estarem engravidando cada vez mais velhas, elevando a probabilidade de indicação do parto cesariana.
Embora a OMS estabeleça entre 10% e 15% como taxa ideal, o diretor ressaltou que não é mais o que acontece no mundo. “Hoje, a taxa mundial é de 21%, que é bem abaixo da taxa brasileira”. O congresso irá até o dia 19, a Febrasgo aproveitará do acontecimento para propagar campanha permanente sobre o assunto.