O número de mulheres eleitas para Câmara dos Deputados foi recorde nas eleições deste ano, aumentou 51% em relação à bancada feminina eleita em 2014. As tucanas se destacaram neste grupo, já que o número de deputadas federais eleitas do PSDB cresceu 60% em relação à eleição passada. Vale destacar que elas serão as únicas representantes do partido na Câmara dos Deputados em pelo menos cinco estados: Acre, Alagoas, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
No Acre, Mara Rocha, que está estreando no Congresso Nacional, foi eleita a parlamentar mais votada de de seu estado, com maior 40.047 votos. Em Alagoas, após quatro mandatos consecutivos como vereadora, Tereza Nelma garantirá que uma tucana volte a representar o estado 20 anos após a eleição da deputada Ceci Cunha, que foi assassinada a mando de seu primeiro suplente no dia de sua diplomação. Nelma é outra que também fará sua estreia na Câmara dos Deputados.
Já as deputadas Mariana Carvalho (RO), Shéridan (RR) e Geovânia de Sá (SC) foram reeleitas e cumprirão seu segundo mandato a partir do próximo ano.
Reeleita com 101.937 votos, Geovânia de Sá considera que o resultado da eleição deste ano confirma a importância da participação da mulher na política. Ela ressaltou ainda o papel fundamental que a destinação dos 30% do Fundo Eleitoral para as campanhas femininas teve na disputa eleitoral deste ano: “A questão do fundo partidário foi bem importante, acho que foi algo que incentivou e nos deu força para fazer o trabalho, a campanha em si”.
A deputada catarinense destacou também o trabalho do PSDB-Mulher em apoio a campanha das candidatas tucanas. “Foi um trabalho fundamental da nossa presidente Yeda Crusius. Ela se empenhou, pensou no coletivo, tanto que ela era uma das candidatas, esqueceu da sua própria candidatura para dar esse suporte, pensando no impacto de todas nós no pleito. Então, realmente foi fundamental para nossa vitória”, ressaltou.
O número total de mulheres na Câmara dos Deputados passará de 53 para 71. Para Geovânia de Sá, esse resultado final será importante para estimular outras mulheres a entrarem na política. “Com certeza irá influenciar mais mulheres entrarem na política. E isso também vai ter um reflexo lá na ponta, lá nas bases, incentivará mais mulheres a participarem da política. Isso nós vamos ver aí em 2020, com certeza já vai ter um impacto”, concluiu.
Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão