A presidente de honra do PSDB-Mulher, Solange Jurema (AL), acredita que os 30% dos recursos do Fundo Eleitoral destinado às campanhas femininas nas eleições de 2018 contribuíram para o crescimento de 41% na bancada feminina tucana na Câmara e nas assembleias do país. No entanto, ela lamenta que o benefício tenha chegado “em cima da hora”, o que impediu um maior planejamento para o uso dos recursos.
“Eu acho que os 30% que vieram para ficar e ficou provado que esse dinheiro é fundamental para o aumento da representatividade feminina. Lembrando que esse recurso chegou de última hora e que não houve uma programação a longo prazo. Nós fomos tomadas de surpresa e não deu para fazer um projeto a médio e longo prazo, então diante dessa possibilidade, a gente já pode começar a se preparar para as eleições de 2020”, disse.
A tucana destacou a importância dos recursos para o fortalecimento das candidaturas de mulheres e da reestruturação do próprio partido que vive uma crise interna diante da polarização do país.
“Eu acho que essa questão dos 30% de recursos para as mulheres foi de uma importância enorme porque a gente viu que o partido teve uma perda imensa como nunca aconteceu. E apesar disso, a gente aumentou o número de mulheres. Aumentamos exatamente porque a gente teve a possibilidade de fortalecer algumas candidatadas importante que conseguiram êxito, apesar do tsunami que abalou o PSDB nessa eleição”, acrescentou.
Para ela, é preciso começar um trabalho de reestruturação e de recuperação dos valores que levaram à criação do partido e as mulheres podem contribuir para fortalecer essa união entre os estados.
“Precisamos começar a fortalecer o partido em todos os estados. Começar a fortalecer o PSDB nos municípios para que a gente possa ter uma programação para as próximas eleições. Tivemos muitas candidatas que alcançaram muitos votos, mas que não conseguiram êxito por conta da perda do partido, da coligação, essas são potenciais candidatas para 2020”, concluiu.
Reportagem Tainã Gomes de Matos