Opinião

“A Plenitude do 7”, por Suely Ouro

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Paro a contagem por aqui para apreciar o número 7 (ou numeral, como preferir), pois desperta minha atenção. Sem qualquer conotação cabalística ou esotérica, nele eu vislumbro ricas significações que me levam a reflexões existenciais importantes.

Dentre todos os números, abstrações da Matemática, o 7 tem um quê especial. A começar por sua representação gráfica, observando seus “traços físicos”, vejo nele certa imponência numérica. Observe como o 7 se mantém numa “postura” nobre, majestática, de dignidade, elevando-se acima dos seus companheiros numéricos. Parece-me que despontou para ser o “rei dos numerais”.

De fato, o 7 mostra-se um número marcante. Percebemos sua manifestação em algumas realidades da natureza, por exemplo, nas sete cores do arco-íris. Na esfera da música, aparecem as sete notas musicais: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, com sete escalas, sete pausas e sete valores. Já no âmbito da simbologia religiosa, especificamente a cristã, o 7 se revela quase onipresente, convocando o homem para adentrar a esfera divina, na qual este encontra o seu sentido trans-histórico. Nesse número “mágico”, estão representados: o supremo objetivo a ser alcançado pelo ser humano, a consumação das decisões que tomamos, o descanso dos fardos, a plenitude da vida, a marca de Deus. Assim sendo, o significante – essa aparência gráfica diferenciada – une-se ao significado oculto do 7, tornando-o um numeral transcendente. Por que transcendente? Porque ultrapassa a Matemática ou o mero uso em datas, sequências e cálculos, e aponta para realidades superiores, universais, divinas. O 7 configura-se, então, num símbolo de contato com o Eterno, em que imanência e transcendência comungam misteriosamente. Seria por isso que é chamado de  “número da perfeição”?

Em relação a datas históricas, o 7 tem grande relevância para o Brasil. Afinal, Sete de Setembro é o marco em que se comemora o “Dia da Independência”. Esse acontecimento por demais importante na história nacional, embora cheio de mistificações, lança suas luzes em nosso presente e projeta-se até 07/10/2018, quando, no exercício da democracia, milhões de eleitores sairão em busca de real independência e plenitude para a Nação.

Brasileiros e brasileiras, habitantes de uma terra onde “mana leite e mel”, 07/10/2018 não pode se transformar num “bicho de sete cabeças”; tampouco mero registro no tempo histórico do País, como um dia passado em vão sem aproveitarmos a oportunidade para a mudança ansiosamente desejada. É preciso discernir “os sinais dos tempos”, o momento decisivo do resgate de valores, do enaltecimento da ética, da liberdade, da promoção da justiça, igualdade e paz social – ideais tão caros ao progresso do Brasil e sem os quais tanto o indivíduo quanto a sociedade ficam impossibilitados de se desenvolver e prosperar.

O 7 nos convoca, próximo domingo, a ser plenos e perfeitos.

 

 

*Suely Ouro é candidata a deputada federal, presidente do PSDB Mulher em Sergipe, empresária da moda, escritora, filha e mãe.