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Para tucana, diferença de gênero nas intenções de votos se dá pelo discurso defendido pelos candidatos

Um levantamento feito pelo Estadão revelou que nos últimos 24 anos, homens e mulheres nunca votaram de forma tão diferente. A disparidade de gênero nas intenções de votos já é uma característica das eleições de 2018 e pode ser fator decisivo na corrida para o Palácio do Planalto.

O estudo analisou pesquisas eleitorais das duas últimas semanas de campanha em todas as eleições presidenciais desde 1994. O caso que ocorre em relação ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, é considerado incomum. De acordo com a última pesquisa Ibope, o deputado tinha 36% das intenções de voto entre os homens e 18% entre as mulheres, o que representa o dobro de apoio no eleitorado masculino.

Para a vice-presidente do PSDB-Mulher do Mato Grosso do Sul, Eliana Rodrigues, a discrepância entre os gêneros se dá pela postura e pelo discurso utilizado pelos candidatos.

“Vivemos um momento em que a força da mulher está aflorada. Nenhuma mulher acredita em discursos vazios e sem consistência. As brasileiras querem uma mudança de fato. Um candidato misógino que prega a violência e a submissão da mulher gera uma repulsa por parte das eleitoras”, analisou.

Outro fator apontado pela tucana são as diferentes interpretações entre homens e mulheres sobre as falas do candidato militar. “Homens e mulheres ocupam espaços distintos na sociedade, o que faz com que o sexo masculino tenha dificuldade e entender o oposto. É preciso empatia e união. É preciso um esforço para que homens e mulheres se entendam nesse momento tão importante para o país”, completou.

Violência

Outro fator apontado por Eliana Rodrigues sobre a diferença de votos é a questão da violência. Para ela, as mulheres sofrem mais com as agressões domésticas e com a falta de um sistema de Segurança Pública nas cidades e isso vai de encontro com o discurso se armamento defendido pelo líder nas pesquisas.

“Defender o porte de armas e a truculência nas decisões sociais em nada contribui para o nosso país. Precisamos de paz e serenidade para colocar o Brasil de novo no caminho do desenvolvimento”, disse.

Reta final

A tucana reforçou seu apoio ao candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e reiterou que ele é o mais preparado para tirar o Brasil da crise. “Geraldo é o único capaz de vencer o PT e de reestruturar o país. Acredito que as coisas podem mudar para melhor nesta semana que antecede às eleições”, concluiu.

Reportagem Tainã Gomes de Matos