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Em entrevista à Folha, Mara Gabrilli afirma que trabalhará para que as leis de inclusão sejam cumpridas

Foto: Agência Câmara

Em entrevista à Folha de São Paulo, a deputada federal e candidata ao Senado Mara Gabrilli (SP) afirmou que mais do que criar novas leis para pessoas com deficiência, ela quer fazer com que essa legislação seja cumpriada. A tucana está em segundo lugar na disputa ao Senado por São Paulo e tem um trabalho voltado não só para deficientes como pessoas com doenças raras.

Mara Gabrilli (SP) destacou o seu empenho priorizar políticas públicas para as minorias e disse toda a sociedade ganha com a inclusão. “Quando a política pública não contempla a diversidade, quem fica para trás? São as pessoas com deficiência, negro, mais pobres e aqueles que sofrem muito preconceito. Sempre trabalhei pela diversidade. Quando a gente melhora uma cidade para quem tem deficiência, vai ficar melhor para todo mundo”, afirmou.

Lei Brasileira de Inclusão

Para a deputada, a política mais importante para pessoas com deficiência é a Lei Brasileira de Inclusão, que ela relatou. Segundo a parlamentar, o Brasil já não precisa mais de legislação para o setor, mas sim que as leis sejam cumpridas de fato.

“Falando das pessoas mais vulneráveis, para abrir a porta para sair de casa, precisa de saúde. A gente está numa situação de saúde que é extremamente precária. Primeiro, se a gente não fizer a atualização da tabela do SUS, a gente não vai evoluir”, completou.

#Elenão

A tucana manifestou-se a favor da atual mobilização feminina contra o candidato do PSL  à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Ela acredita que as brasileiras podem evitar a vitória do ex-capitão do Exército e revelou que já presenciou os abusos cometidos por ele contra as mulheres no plenário.

“Ele não, pelo amor de Deus. Eu, inclusive, estava no plenário em alguns momentos que eu vi o Bolsonaro xingar mulher. Ele é uma pessoa que não valoriza mulher. Isso está na atitude dele, nas falas dele. Como a gente vai ter um presidente que desrespeita as mulheres? ”, questionou.

Mara Gabrilli considerou inviável a principal proposta de Bolsonaro para as mulheres:  armá-las para se defenderem. “Hoje a gente tem o feminicídio, a cada duas horas uma mulher é morta no nosso país. Se você armar a população, não tenho dúvida de que isso vai piorar”, opinou.

Senado

Na opinião da deputada, a tarefa mais urgente do Senado nos próximos anos são as reformas tributária, política e da previdência. De acordo com ela, se o Brasil continuar com ambiente de negócios burocratizado, será difícil gerar empregos.

“Acredito que a gente precisa fazer uma profunda reforma política, não só para diminuir o número de partidos, mas para aproximar os parlamentares da população. E a gente tem que fazer uma reforma da Previdência, que eu fui ferozmente contra aquela que chegou na Casa, porque tirava dos mais vulneráveis. Mas sempre fui a favor de fazer uma reforma”, concluiu.

*Com informações da Folha de S. Paulo