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Presidente do PSDB-Mulher alerta: filhos de mulheres vítimas de feminicídio não podem ser esquecidos

De janeiro a agosto desse ano, 21 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal, 75% a mais que o mesmo período do ano passado, quando 12 mulheres foram mortas. Como resultado disso, 24 crianças e adolescentes ficaram órfãos. As consequências psicológicas são as mais graves e variadas possíveis, por isso o trabalho de profissionais capacitados é imprescindível para amenizar possíveis traumas.

A Secretaria de Saúde do DF mantém o Programa de Pesquisa, Assistência e Vigilância à Violência (PAV), que acolhe familiares e vítimas de violência. Também há núcleos do Pró-Vítima em Ceilândia, Paranoá, Guará, Asa Sul, Taguatinga e Plano Piloto. Mas atualmente apenas quatro crianças órfãs passam por acompanhamento psicológico na rede pública. Muitos familiares afirmam que, mesmo estando inseridos nos programas, acabam desistindo pela distância dos locais.

Para Luiza Werneck, presidente do PSDB-Mulher do Distrito Federal, é necessário um acompanhamento mais próximo. “Quando a mãe é morta, a família não tem essa disponibilidade e, às vezes, nem esse recurso financeiro que permita o acompanhamento mais próximo. Então psicólogos deviam fazer visitas na residência até a criança se sentir mais amparada. Também tem os CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), que podem atender essas famílias de forma mais próxima com assistentes sociais”, sugere.

Luiza também ressalta a importância do papel do estado. “O governo tem que se mobilizar, há vários apoios psicológicos voltado para a mulher e não para a criança, é um ponto que temos que pensar melhor. A parte social está fraca, as mulheres estão mais fortalecidas e empoderadas, mas a parte social de todo Brasil decresceu, perdemos secretarias, recursos e as consequência estão aí”, acrescenta.

Reportagem produzida com informações do Jornal Metrópoles pela estagiária Karine Santos, sob supervisão