Candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), a senadora gaúcha Ana Amélia (PP) afirmou nessa terça-feira (4) que acredita na experiência como gestor e na capacidade do tucano para tirar o país dessa onda de radicalismo político e retomar o caminho do crescimento em todas as áreas. Em entrevista à GloboNews, a candidata falou ainda sobre diversos temas, entre eles reforma política, cenário eleitoral, Operação Lava Jato e corrupção.
Na sabatina, Ana Amélia destacou a importância da experiência de Alckmin como gestor para retomar o equilíbrio e a despolarização no país. “Acredito na capacidade do presidente Alckmin de fazer a diferença pelo seu preparo, pela sua experiência e sua capacidade de quem já foi deputado federal, prefeito e governador. O país está dilacerado, está em guerra e precisamos mudar”, afirmou.
A candidata ressaltou o fato de seu aliado ser ficha limpa e não ter nenhum processo contra ele. “Confio plenamente na seriedade, transparência e responsabilidade [de Alckmin]”, disse.
A senadora defendeu a busca por mais tolerância e respeito na sociedade brasileira. “Faço as coisas por convicção. Abri mão de um mandato para contribuir para que o país saia dessa radicalização de um lado e de outro e entre em entendimento, em consenso e volte a ter uma tolerância e respeito. A minha intenção exclusiva é ver esse nosso país retomar o que ele tem na essência: um povo generoso, compreensivo e tolerante”, disse.
Questionada sobre a saúde, Ana Amélia ressaltou que essa será uma das questões prioritárias no plano de governo. “Alckmin é médico e vai fazer da saúde uma das áreas prioritárias de comando absolutamente competente para que tenhamos uma saúde de melhor qualidade e o uso adequado do recurso com efetividade. Não tenho nenhuma dúvida disso”, afirmou.
A senadora comentou também o cenário político brasileiro e afirmou ser a favor de uma reforma política “de fato e de direito”. Na avaliação dela, o sistema político que está em vigor “faliu”.
Lava Jato e corrupção
A candidata ressaltou ainda a importância da Operação Lava Jato, que ela chama de “referência para o Brasil no combate àquilo que é talvez a doença mais grave da política brasileira”. “Sempre conversamos sobre a Lava Jato, sobre a necessidade de preservar essa operação. A corrupção é uma espécie de câncer que tem provocado uma situação de absoluto descaso com o dinheiro público em relação aos desmandos e ao consumo”, disse.
Questionada sobre educação, a senadora destacou a proposta “concreta” do tucano para a área e reafirmou o compromisso com o ensino técnico. “300 creches foram abertas em São Paulo. O ensino infantil é a base de tudo. Tem que atualizar o ensino técnico porque o mercado precisa. Não adianta idealizar uma coisa se você não estiver conectada com as necessidades do mercado”, afirmou.
Em relação ao descaso com as contas públicas, a candidata apontou a importância de reorganizar a “desordem fiscal” para conseguir estabelecer prioridades. “Não só na Educação. A saúde pública está na UTI, a segurança pública, todos terão que ter um trato de prioridade com escolhas. Política é escolha. E educação e saúde são das questões mais fundamentais de todas”, completou.