Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que de 10 candidatos das eleições deste ano, somente três são mulheres, número igual ao das últimas eleições. Mesmo com a lei que obriga os partidos a terem pelo menos 30% de participação feminina, muitos não tem registrado chapas com o mínimo decretado, o que tem levado a impugnação de coligações inteiras.
O site G1 consultou todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do país e verificou que pelo menos 37 chapas já foram ou impugnadas ou notificadas em dez estados (AM, BA, CE, MA, MG, MS, RJ, RN, SP e TO). Em outros seis (AP, DF, ES, PE, SE e SC) ainda poderão ser feitas porque os pedidos de registro dos partidos e coligações ainda estão sendo analisadas. 11 estados não responderam.
Cerca de 10% das coligações estão descumprindo a cota, segundo levantamento feito pelo G1 na base de dados do TSE. Dado que não é preciso, devido divergências entre a base de candidatos e a base de coligações e também atualizações de informações sendo feitas todos os dias.
As proporções de gênero ainda podem ser alteradas, devido ao prazo de preenchimento de vagas remanescentes ser até 7 de setembro. Dia 15 de agosto o prazo de registro das candidaturas terminou. Os partidos têm um novo tempo determinado para regularizar os registros depois da Justiça notificar pelo não cumprimento da cota mínima, se não o fizerem a candidatura fica em risco
Há também a preocupação com “candidaturas laranja”, mulheres registradas só para que os partidos atinjam o percentual. Investigações contra isso costumam ser feitas depois do resultado das eleições. Em 2016, 86% dos candidatos que não receberam nenhum voto eram mulheres.
As mulheres representam 52% dos eleitores e são apenas 11,3% dos parlamentares. Nesse ano foi decidido pelo TSE que além dos 30% de candidaturas, as mulheres também devem receber 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que deve acompanhar proporcionalmente o percentual de candidaturas.
*Com informações do Portal G1