Entre os 12 candidatos ao governo de São Paulo, oito escolheram mulheres como vice. O número triplicou em relação a eleição passada, passou de 22% para 66% do total. Para o cargo principal há apenas uma concorrente.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em sessão realizada em maio, determinou que 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser repassados pelos partidos para candidaturas de mulheres. Na ocasião, a agora presidente do Tribunal, Rosa Weber, defendeu a “participação ativa” da Justiça Eleitoral para estimular a participação feminina na política. Os 30% também são para propaganda eleitoral na televisão e na rádio.
Maria do Socorro Braga, cientista política da Universidade Federal de São Paulo (Ufscar), defende que essa determinação é um dos motivos que levaram ao aumento de candidatas a vice. “Os partidos, justamente para dar conta dessa nova medida, precisaram atrair mulheres para as diferentes disputas”, observou.
O grande número de eleitores indecisos é outro fator, acredita Maria do Socorro. “Como a gente tem uma competição bastante acirrada aqui [em São Paulo], esse segmento, o feminino, tem uma capacidade incrível de definir a eleição. Acredito que as lideranças partidárias têm um cálculo político para atrair esse eleitorado, e a estratégia foi justamente atrair essas mulheres”, complementa.
Entre as candidatas a vice, três são policiais militares. A profissão tem se tornado evidente nesta eleição, tendo como principal pauta a segurança pública. Concorrem ainda ao cargo, uma psicóloga, uma sindicalista, uma bancária aposentada e duas professoras.
*Com informações do UOL