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Carmén Lúcia pede mais agilidade em julgamentos de violência contra mulher

Foto: EBC

Durante a abertura da 12ª edição da Jornada Lei Maria da Penha, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, pediu aos integrantes do Judiciário e de órgãos de segurança pública que tratam crimes contra a mulher mais rapidez na investigação dos casos. “Para que as famílias e as crianças não se vejam sem respostas a uma agressão tão grave que não fica apenas na pessoa da vítima”, observou. Carmen Lúcia pediu maior atenção às crianças que estão expostas a essa violência, que na maioria das vezes, acontece dentro de casa.

A Jornada ocorre anualmente, sob realização do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o objetivo de discutir aspectos da violência contra a mulher. O foco deste ano é o trabalho dos profissionais de justiça e segurança pública, como lembrou a ministra, que alertou ainda: “A paz e a violência não param nos umbrais das portas das casas. Elas atravessam as ruas e ganham as praças. Ou temos uma sociedade que pode conviver de forma mais pacífica ou teremos uma sociedade cada vez mais violenta que não sei onde vai acabar, mas sei que não vai acabar bem”.

Carmen Lúcia ainda criticou atos “machistas, preconceituosos e violentos” existentes na sociedade e advertiu que o papel do Estado e dos brasileiros é dar cada vez mais notabilidade ao feminicídio. “Precisamos trabalhar para que cada vez mais a lei possa ser devidamente aplicada até chegar o momento em que não precisemos mais de lei para conter uma constante e inexplicável violência”, afirmou.

Durante todo o evento, pesquisadores, delegados, juízes e defensores apresentaram os alcances e o que ainda precisa ser feito para prevenir mais casos e atender as mulheres e suas famílias, vítimas de violência.

*Com informações da EBC