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Pesquisa expõe 800 casos de assédio sexual no Banco Mundial

Levantamento realizado com funcionários do Banco Mundial mostrou que 1 de cada 4 mulheres afirma ter sofrido assédio sexual na instituição. O resultado apontou cerca de 800 pessoas relatando episódios. A pesquisa foi feita entre 5.056 colaboradores do banco, onde trabalham 24 mil pessoas. A instituição financia projetos de desenvolvimento em diversos países.

Boa parte dos casos relatados no estudo ocorreu em escritórios da própria instituição, tanto no edifício principal em Washington quanto nos escritórios em outros países.

A grande maioria (82%) dos assédios foi praticada por funcionários do grupo, e uma minoria, por clientes (11%) ou prestadores de serviço (4%). Homens que responderam à enquete também relataram casos de assédio, mas numa proporção menor: 4%. Por outro lado, 10% disseram ter testemunhado episódios que envolveram outras pessoas.

A pesquisa teve o apoio da cúpula da instituição, que incentivou os colaboradores a responderem e divulgou seus resultados. No entanto, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse em comunicado que ficou “desapontado” com os resultados apresentados.

“Serei claro: qualquer tipo de assédio sexual no Banco Mundial é completamente inaceitável”, escreveu. “Essa é uma prioridade crítica para todo o grupo. Precisamos, e iremos resolver isso”.

Na pesquisa, 82% dos respondentes afirmaram que não denunciavam por temer retaliação, não confiar no sistema de denúncias ou não crer que isso mudaria as coisas.

*Com informações da Folha de S. Paulo.