A mais jovem ganhadora do prêmio Nobel, Malala Yousafzai, vem ao Brasil pela primeira vez para debater o papel da educação no desenvolvimento infantil e das mulheres no país. O evento, promovido pelo Itaú Unibanco, é fechado para convidados, mas será transmitido em todas as redes sociais do banco Itaú. Alunos de escolas públicas e representantes de ONGs estarão presentes.
Para a coordenadora de Relações Multipartidárias do PSDB-Mulher, Iraê Lucena (PB), o ativismo da paquistanesa é um caminho a se inspirar. “É muito legal que ela venha e fale sobre isso, um presente para nós. Vai dar uma aula sobre a importância da educação, ela tem uma história de vida inspiradora, é um exemplo”, enfatizou a tucana.
Segundo o levantamento Todos Pela Educação promovido com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), o Brasil possui atualmente mais de dois milhões de crianças e adolescentes fora da escola, sem acesso à educação. Iraê pontua que é preciso dar mais atenção a isto desde a primeira infância.
“Dos 0 a 6 anos da criança já é preciso agir, é o período em que ela é acolhida, que recebe amor, carinho, os princípios de educação. Precisamos de recursos para criar mais creches e pensar nas escolas, no atendimento aos mais velhos. A presença da Malala já é um incentivo”, ressaltou Iraê.
Históra de Malala
Malala foi vítima de um ataque a tiros por membros do Talibã, grupo terrorista do Afeganistão e Paquistão, dentro de um ônibus escolar. Ela vivia em Swat, região ultraconservadora do Paquistão. Os talibãs não aceitam que mulheres tenham acesso à educação.
Defensora do direito das paquistanesas a estudar, Malala sobreviveu ao ataque que chocou ao mundo e acabou indo morar no Reino Unido. Alguns anos depois ingressou na Universidade de Oxford para estudar filosofia, política e economia.
Ela é uma das maiores ativistas da atualidade, rodando o mundo em prol do direito das meninas à educação.
*Com informações do G1.