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Candidatas laranjas na mira do TSE e do PSDB-Mulher

Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para julgar casos de “candidaturas femininas fictícias”, que foram registradas apenas para que os partidos ou coligações pudessem cumprir a cota de 30% das vagas para mulheres, o PSDB-Mulher trabalha para capacitar suas representantes para as eleições deste ano.

A presidente do PSDB-Mulher de Santa Catarina, Anna Carolina Martins (SC), destacou a importância de garantir a representatividade feminina e combater as “candidatas laranjas” nesta época de pré-campanha e definição das candidaturas.

Entre os casos na mira do TSE está o de cinco candidatas à Câmara de Vereadores de Valença do Piauí, que tiveram votação inexpressiva, não praticaram atos de campanha nem tiveram gastos declarados em suas prestações de contas. O que levou a 18.ª Zona Eleitoral do Piauí a suspeitar de fraude à legislação eleitoral.

Para Anna Carolina, é inaceitável que este tipo de situação ainda ocorra no país. “O Brasil não merece que as mulheres se prestem a isso. A mulher já provou que atua melhor desempenhando seu papel, tem mais respeito, se preocupa mais na conduta com as pessoas, são exemplos a frente de associações, devem levar isso adiante”, concluiu a tucana.

Na opinião do Ministério Público Eleitoral, estas “candidaturas fictícias” transformam a mulher em mero personagem fictício no pleito eleitoral e são um reflexo de uma estrutura machista que ainda rege as questões de gênero no Brasil.

“Aqui em Santa Catarina, nós fizemos cursos de formação, justamente para mostrar as mulheres sua relevância, seu papel, como o trabalho dela é importante para modificar a sociedade. Mostramos também que o partido não aceita laranjas, queremos mulheres atuantes”, ressaltou Anna Carolina.

Para a tucana, é essencial garantir o espaço para as mulheres nas eleições de 2018. Na sua opinião, é preciso encorajar as candidatas em todas as etapas do processo. “Elas têm que garantir seu espaço, muitas vezes elas ainda se preocupam com os detalhes da campanha, mas é preciso pensar nos efeitos que isso vai ter”, acrescentou Anna Carolina.

O PSDB-Mulher cogita promover uma ação nacional para cobrar a rapidez da Justiça Eleitoral no julgamento de candidaturas femininas fictícias.

Com informações do Estadão. *