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Cármen diz que população deve se comprometer com a ética e criticou o excesso de siglas partidárias

Foto: EBC

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, destacou a necessidade de o brasileiro agir com ética no dia-a-dia e criticou o número “excessivo” de partidos brasileiros e a falta de objetividade nos programas das siglas. As declarações foram feitas durante o 2ª Congresso de Direito Eleitoral de Brasília, na última quinta-feira (21).

“Hoje vivemos um momento particularmente grave onde a maioria acha ruim tudo que aí está, desde a fila no açougue até o governo, e tem direito de achar. Mas que ele fure a fila do açougue e acha que o secretário quando fura a fila da licitação tem de ser punido. É preciso que todos nós nos comprometamos com a ética”, afirmou a presidente da Suprema Corte.

Na opinião da ministra, o país vive uma crise e só deve melhorar quando a população for comprometida com a ética e com a construção da democracia.

“A política é necessária. Podemos ser contra servidor, agente públicos, programas de governo e governantes, a democracia é a liberdade de opinar e de se contrapor, mas o que não podemos é ficar sem política”, continuou a ministra.

Partidos

Cármen mencionou o número “excessivo” de partidos políticos como outra causa da crise representativa que passa o Brasil. Para ela, a quantidade de siglas faz com que haja uma “atomização de ideias”, fazendo com que o cidadão não se sinta representado de maneira “firme” por nenhum dos partidos.

A falta de programas partidários objetivos e claros em seus compromissos foi apontada como uma das causas das dificuldades do cidadão se identificar com as siglas partidárias.

“Quem tenha tido a oportunidade de ler os programas partidários vai ver que não tem muita diferença entre o que eles oferecem, quais são seus objetivos, seus principais compromissos”, afirmou Cármen.

*Com informações do Estadão.