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Igualdade de gênero no mercado de trabalho pode aumentar o PIB em 3,3%

Indústrias

O relatório “Mulheres, Empresas e o Direito 2018”, estudo elaborado pelo Banco Mundial e divulgado na última segunda-feira (14), revelou que ao garantir condições iguais para homens e mulheres no mercado de trabalho, seria possível adicionar R$ 382 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) entre 2017 e 2025, o equivalente a um crescimento de 3,3%. 

A presidente do PSDB-Mulher do Pará, Francineti Carvalho, se surpreendeu com o dado e acredita que os governantes do Brasil devem começar a levar em conta essas informações. 

“É muito importante que pesquisas como estas sejam divulgadas com maior alcance possível. Não são dados vazios, são pesquisas concretas que mostram os benefícios que as mulheres podem trazer para o crescimento do país. É preciso mudar essa realidade para que possamos evoluir” afirmou. 

Para a tucana, a solução está na criação de leis que garantam a inclusão econômica feminina e que assegurem a autonomia financeira das brasileiras. Ela destaca a importância da colocação das mulheres em cargos estratégicos para que os espaços sejam de fato ampliados.

“Um dos caminhos para essa mudança é fazer com que existam mais mulheres na política. É através das políticas públicas eficazes que vão ser desenvolvidas a educação, a saúde, e outros setores que vão contribuir para a autonomia feminina. Com mulheres em cargos de destaque será possível criar leis que melhorem as condições de vida das brasileiras incluindo a questão da igualdade salarial”, completou.

Francineti Carvalho também mencionou a Educação como ponto chave para uma mudança a longo prazo. “É preciso discutir desde de criança a igualdade de gênero, nas famílias e nas escolas. Esse debate é necessário para as novas gerações cresçam já sem esse entrave social”, concluiu.

A tucana ressaltou também que é preciso incentivo e mais informação sobre o atual quadro feminino na sociedade. “Muitas mulheres não sabem o que representa a baixa representatividade no dia-a-dia. É preciso informar sobre as consequências da falta de mulheres na política para que todas compreendam a importância de mudar essa realidade”, acrescentou.

Francineti sugeriu o aumento das campanhas de incentivo e mais ações educativas voltadas para o esclarecimento das mulheres, inclusive dentro dos partidos políticos.

De acordo com a pesquisa, no Brasil, apesar das mulheres representarem mais da metade da população, elas representam 43% da força de trabalho, mas equivalem a só 37,8% dos cargos gerenciais. As brasileiras são apenas 10,5% dos parlamentares do país e recebem, em média, 25% menos que homens desempenhando a mesma função.