Desde que a professora Celina Guimarães Viana que liderou um grupo de mulheres que decidiram se registrar no rol de eleitores do município de Mossoró (RN) em abril de 1927, há 90 anos, a participação feminina no processo eleitoral brasileiro se consolidou. Celina é apontada como sendo a primeira eleitora do Brasil, conforme atesta o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma data como essa não poderia deixar de ser comemorada pela vereadora e presidente do PSDB-Mulher do Rio Grande do Norte, Carla Lopes.
“Foi muito importante, nós temos, inclusive, em Mossoró um museu dedicado a esse acontecimento, a essas mulheres que tiveram a iniciativa de buscar o seu direito de votar”, observou a tucana.
Após 21 brasileiras conseguirem se registrar como eleitoras em Mossoró, o Senado invalidou seus votos por não aceitar a participação feminina em decisões eleitorais. A iniciativa ato foi considerada um divisor de águas para a conquista desde direito.Mas só em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, que pela primeira vez a mulher brasileira pôde votar e ser votada em âmbito nacional. Oitenta anos depois, elas passaram a ser maioria no universo de eleitores do país.
A presidente do PSDB-Mulher do Rio Grande do Norte alertou, entretanto, que por mais que a conquista por espaço tenha avançado nesses 90 anos, ainda há muito o que fazer. “Avançamos bastante, mas não o suficiente. Precisamos abrir mais espaço, dar mais oportunidade para que as mulheres entrem em todos os segmentos. É importante que intensifiquemos a voz das mulheres, inclusive neste ano, que teremos novas eleições”, pontuou Carla.