Primeira-vice-presidente do PSDB Mulher Nacional, a vereadora de Piracicaba Nancy Thame (PSDB-SP) participou com mais sete parlamentares do debate sobre a atuação política a partir do feminismo, na Câmara de Vereadores de Piracicaba (SP), neste Mês da Mulher. “Nós, mulheres, sempre somos sub-representadas”, observou a tucana.
“Tem momentos que temos fronteiras ideológicas, religiosas e até geográficas, como o urbano e o rural. Mas essas fronteiras não podem ser uma linha rígida”, defendeu Nancy Thame (PSDB) na reunião com representantes do PSC, Rede, PROS, PT, PDT, Podemos, PSDB e PPS.
Também participaram representantes do RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Conselho Municipal da Mulher, Seame (Serviço de Apoio ao Menor), Secretaria Municipal de Educação (SME), CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher) e da Comunidade Negra.
Durante a roda de conversa, foi apresentado um breve histórico da participação feminina na política, destacando fatos como o direito à educação elementar em 1827, a instauração do voto feminino (ainda que restrito) em 1932 e a Constituição Federal de 1988, quando homens e mulheres tiveram o reconhecimento de “direitos iguais”.
Também foram apresentados números da participação da mulher na política. Mesmo sendo 51,5% da população brasileira (entre os eleitores, o percentual chega a 54%), as mulheres ocupam somente 51 cargos, contra 462 dos homens, na Câmara dos Deputados, em Brasília, e nas prefeituras municipais, somente 11,6% é ocupada por mulher.
A proposta de montar um grupo suprapartidário tem o intuito de estabelecer ações para trabalhar o feminismo de maneira ampla. “As mulheres se fortalecem em movimentos desta natureza”, disse Nancy. Nesta atuação, os principais desafios passam pela capacitação política e pelo mapeamento dos espaços dedicados às mulheres nos partidos.
A roda de conversa perpassou por temas bastante amplos a partir da visão feminista, como as diversas dificuldades pelas mulheres, seja por conta do trabalho doméstico, que dificulta ações em outras áreas, mas também principalmente pelo sistema de opressão do patriarcado, em que as estruturas sociais não incentivam o estudo e representação política.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da vereadora Nancy Thame (PSDB-SP).