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Mara Gabrilli questiona Ministério sobre avaliação da deficiência no Brasil

Foto: Divulgação

A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) apresentou um requerimento de informação ao Ministério dos Direitos Humanos para esclarecer as medidas que vêm sendo tomadas para definir a metodologia de avaliação da deficiência no Brasil.

Segundo a parlamentar, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), da qual foi relatora na Câmara, alterou o conceito de deficiência até então presente na legislação brasileira, adotando a definição presente na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Pelo texto internacional, “considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

A LBI esclarece que a avaliação da deficiência, quando necessária, será realizada por equipe multidisciplinar, com caráter biopsicossocial, e determina que compete ao Poder Executivo criar instrumentos para a avaliação da deficiência.

“A lei estabeleceu prazo de dois anos para que a avaliação da deficiência seja efetuada segundo tal metodologia, prazo que já foi esgotado, e isso traz grande prejuízo para as pessoas com deficiência”, afirmou Mara Gabrilli.

No documento, a deputada questiona:

A previsão para que sejam publicados os instrumentos para a avaliação da deficiência previstos na LBI;

As medidas que serão adotadas pelo Poder Executivo diante de eventual lacuna regulamentar, uma vez que o prazo estipulado em lei já se esgotou;

As diretrizes que serão definidas pelo Ministério dos Direitos Humanos para a uniformização do conceito de deficiência expresso na LBI até que sejam publicados os instrumentos de avaliação previstos na Lei.

O Requerimento de Informação é o documento legislativo que tem como objetivo solicitar informações a Ministro de Estado. A partir de seu recebimento, o Ministério terá 30 dias para responder os questionamentos, sob pena de cometimento de crime de responsabilidade.

*Com informações do PSDB na Câmara.