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Indígena usa o futebol para resgatar autoestima de meninas mexicanas

Ex-empregada doméstica no México, Guadalupe García, 34 anos, de 1,55 m, tornou-se referência e uma espécie de estrela do futebol feminino no país. Nos últimos dois anos, ela é treinadora de futebol e usa o esporte para educar 300 meninas da etnia mazahua do Estado do México, na parte central do país. O objetivo é que elas descubram sua capacidade física e digam: “este corpo é meu e ninguém o toca se eu não quiser”.

O distrito vizinho à capital tem o maior índice de assassinatos de mulheres no México. Segundo o Observatório Cidadão Nacional do Feminicídio, pelo menos 263 mulheres foram mortas em 2016.

Os cadáveres são encontrados frequentemente com marcas de estupro, mutilação, semicarbonizados, flutuando em rios ou até enterradas nos quartos de seus carrascos.

“Vamos nos apoiar todas!”, grita a treinadora durante o início do jogo da seleção Mazahua feminina – 25 jogadoras entre 16 e 26 anos.

Em povoados indígenas ou de menor desenvolvimento social, os direitos das mulheres são violentados frequentemente. Muitas são impedidas de estudar e de terem oportunidades de desenvolvimento, já que algumas das atletas indígenas do time poderiam ter brilhantes carreiras esportivas.

Quatro das meninas recrutadas por Lupita jogam em clubes que dão bolsas completas de estudo, moradia e alimentação.

*Com informações da Istoeonline.