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Francesas apelam a Macron por um plano de proteção às mulheres 

Em carta aberta ao presidente da da França, Emmanuel Macron, um grupo de cem ativistas da sociedade civil, artistas, escritoras, jornalistas e médicas pediram ao governo um plano de urgência para coibir a violência sexual contra as mulheres.

A carta ocorre no momento em que há uma onda de violência sexual na França gerada pelo escândalo de assédios em série cometidos pelo produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein.

Segundo as autoras, uma em cada duas francesas já foi vítima de abuso ou assédio sexual. Por isso, o objetivo da carta é denunciar essa “insuportável negação coletiva de uma sociedade que maltrata as mulheres”.

Assinam a carta Lisa Azuelos (diretora de cinema), Zabou Breitman (atriz), Marie Darrieussecq (escritora), Tatiana de Rosnay (escritora), Rokhaya Diallo (jornalista), Valérie Donzelli (atriz, diretora de cinema), Imany (chanteuse), Agnès Jaoui (atriz, dramaturga, diretora de teatro), Sandra Laugier (filósofa), Michela Marzano (filósofa) e Anna Mouglalis (atriz).

As ativistas, artistas e intelectuais pedem ao governo que aplique na prevenção à violência contra a mulher um plano de urgência que esteja à altura dos orçamentos e das políticas públicas, já adotadas, por exemplo na prevenção dos acidentes rodoviários, “que têm demonstrado bons resultados”.

Na carta, elas sugerem cinco medidas:
1) A duplicação imediata das verbas de subvenção das associações que acolhem as vítimas;
2) Treinamento especializado obrigatório para os profissionais que atendem as vítimas (enfermeiros, médicos, policiais e assistentes sociais);
3) A criação de carteira de não-violência no ensino médio, como a carteira de segurança rodoviária já concedida aos maiores de 14 anos para conduzir veículos de duas rodas;
4) Treinamento obrigatório nas empresas contra o assédio sexual no trabalho;
5) Uma vasta campanha de comunicação em nível nacional;
*Com informações da RFI.