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ONU revela elevado índice de adolescentes gestantes no Brasil

Foto: ABr

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o relatório “Nações Unidas Mundos Distantes: Saúde e direitos reprodutivos em uma era de desigualdade” que mapeia o número de gestações entre meninas de 15 a 19 anos no Brasil. Em um período de 9 anos, foram registradas 65 gestações para cada mil meninas, o que faz com que o país tenha a 7ª maior taxa de gestações na adolescência da América do Sul.

Os países desenvolvidos registram de seis a oito casos a cada mil meninas, ao menos 8 vezes menos. Ainda que o percentual se revele alto, segundo o Ministério da Saúde, a gravidez na adolescência teve uma queda de cerca de 35% no país nos últimos anos. A diminuição estaria associada à expansão dos programas Saúde da Família e Saúde na Escola.

O levantamento do Fundo de Populações das Nações Unidas (Unfpa) revelou que a cada cinco gestantes jovens, três não estudam ou possuem qualquer trabalho. Sete em cada dez são afrodescendentes e quase a metade mora na região Nordeste. Segundo a ONU, os números são reflexo das desigualdades que limitam o acesso à saúde, aos direitos sexuais, e principalmente à capacidade de planejamento familiar, que costuma apenas ser viável para famílias de alto nível.

O estudo recomenda, por fim, que o governo priorize a população em um quadro de maior vulnerabilidade, em especial às mulheres jovens e pobres. Pelo relatório, o ideal seria desenvolver políticas públicas que combatam desigualdade de gênero e deem a elas a garantia dos seus direitos, principalmente à saúde.

*Com informações do site da Istoé.