Nos últimos dias, representantes do PSDB-Mulher viajaram de Norte a Sul do país para estimular a participação feminina ainda maior no partido. Vamos intensificar essas conversas em outubro e novembro, quando ocorrem as convenções estaduais e municipais.
Em reunião com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, reiteramos nossa preocupação com a garantia da participação das mulheres no partido em todas as instâncias – nacional, estaduais e municipais, como prevê nosso Estatuto, que é a participação de no mínimo 30%. Pela Lei das Eleições (9.504/1997), temos de ocupar também 30% dos espaços, por isso precisamos estar preparadas.
Também já enviamos correspondência aos presidentes estaduais e municipais do PSDB sobre a necessidade de cumprimento desse percentual nos estados e municípios. É fundamental que as mulheres participem das decisões do partido como um todo, além do segmento PSDB-Mulher.
Nas eleições municipais do ano passado, o percentual geral de mulheres que disputam os cargos eletivos ultrapassou 30%. Pelos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 155.587 (31,60%) mulheres nas disputas a cargos eletivos, em 2016, e 336.819 (68,40%) homens.
Apesar dos números positivos, as mulheres ainda ocupam hoje baixos percentuais de vagas nos cargos eletivos no país: são 10% dos deputados federais e 14% dos senadores. Percentual idêntico é identificado nas assembleias estaduais e menor ainda nas câmaras de vereadores e nos governos estatuais e prefeituras.
Lutamos muito ao longo da história por mais espaço, emancipação e autonomia, a Legislação é fruto das conquistas das mulheres. Sempre em alerta, precisamos avançar e garantir que a disputa nas eleições siga adiante, confirmada pela vitória nas urnas. Não podemos em pleno século XX aceitar nem assistir a recuos.
*Presidente nacional do PSDB Mulher e ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres no governo Fernando Henrique Cardoso.