A presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), Bruna Furlan (SP), representou a Câmara na cerimônia de despedida dos militares brasileiros na Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (MINUSTAH), realizada na quinta-feira (31) em Porto Príncipe. “Os nossos militares realizaram um trabalho excepcional que não se restringiu à manutenção da paz e da ordem, mas também uma atuação fortemente humanitária e de resgate da dignidade dos haitianos”, afirmou. A deputada parabenizou os mais de 37 mil militares das Forças Armadas que serviram na missão desde 2004.
Também estiveram presentes o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Fernando Collor (PTC-AL), representando a Casa, além do ministro da Defesa, Raul Jungmann, do Force Commander, general Ajax Porto Pinheiro, e da Representante Especial do Secretário-Geral da ONU e Chefe da MINUSTAH, Sandra Honoré.
Foram treze anos de participação brasileira em uma Missão que se tornou referência para as Nações Unidas, que agora desejam ver o Brasil presente em outras frentes mundo afora. No dia 15 de outubro, a MINUSTAH encerrará definitivamente as suas atividades e será substituída pela MINUJUSTH, missão da ONU com foco no fortalecimento da Justiça no Haiti, dando suporte às instituições haitianas, especialmente na formação de policiais.
“Soldados, provedores da paz: os senhores ergueram o nome do Brasil a um novo patamar, elevaram o reconhecimento que a todos nós muito orgulha”, afirmou o ministro Raul Jungmann em agradecimento a todos os militares que participaram da missão.
A Representante do Secretário-Geral da ONU e Chefe da MINUSTAH, Sandra Honoré, destacou que “as Nações Unidas e o povo haitiano são muito gratos pelo papel central que o Brasil desempenhou nos esforços para criar a estabilidade duradoura aqui, juntamente com as tropas de um total de 24 países”.
Bruna Furlan recordou a atuação preponderante dos militares brasileiros em momentos de grandes catástrofes naturais no Haiti, como o terremoto de 2010 e, mais recentemente, a passagem do Furacão Matthew.
“As nossas Forças Armadas implementaram um novo modelo de Missão de Paz, aproximaram-se da população, cuidaram de questões que iam muito além de suas obrigações e encarnaram o verdadeiro espírito humano de solidariedade e cooperação. E, com certeza, o Brasil não abandonará o Haiti e seguirá trabalhando em prol da paz e do desenvolvimento deste povo”, assegurou.
(Da assessoria da CREDN)