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Tasso: Conduzirei com isenção o processo no PSDB

Senador Tasso Jereissati (CE), relator da Reforma da Previdência na CCJ do Senado/ Foto: Agência Senado

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), reiterou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que conduzirá com isenção o processo de escolha do comando da legenda em dezembro. Tasso afirmou que não pretende se candidatar à presidência do PSDB e acrescentou que o momento é de debate e discussão sobre ideias e teses. Ele ressaltou também que a legenda está aberta ao diálogo.

“Faço questão de conduzir o processo com bastante isenção. Por isso não devo ser candidato à presidência do PSDB. Defendo que seja um nome novo, alguém da nova geração e com mensagem mais fresca”, disse o senador ao Estadão.

Tasso afirmou ainda que o PSDB vive um momento de disputa de idéias e teses. “A disputa é de ideias. Ao longo desse período [até dezembro] serão discutidas ideias e teses. Em paralelo, teremos o novo estatuto e programa do partido. Se não tiver um nome de consenso [para a presidência], então vai ter disputa. Tudo pode acontecer. Sempre tem a primeira vez”, disse.

O presidente interino lembrou ainda que o PSDB está aberto a “receber a influências de todos esses movimentos que estão nascendo por aí, que são influenciados pelas redes sociais”: “Vamos conversar com todos.”

Sem polarização

Ao ser questionado sobre a polarização PSDB x PT, Tasso disse que o embate não colabora para país nem para a sociedade. “Essa política de nós contra eles é um desserviço para o Brasil. Além de dividir, traz violência, desrespeito e tolerância. É um péssimo sinal para democracia”, destacou.

Tasso reiterou que vai se empenhar para a mobilização em torno da bandeira do parlamentarismo.
“Acredito no parlamentarismo há muitos anos. Essas crises políticas que têm afetado a vida do brasileiro desde a redemocratização têm provado que o presidencialismo de cooptação está falido, quebrou”, afirmou.

O presidente interino do PSDB disse também que o partido passa por um processo de autocrítica para aperfeiçoamento na relação com a sociedade. “É preciso fazer uma autocrítica. Em alguns setores estamos distantes do que a população quer da política. Temos que ir para a rua e ver onde temos que melhorar. A militância do PSDB está desencantada com a política”, destacou.

*A íntegra da entrevista exclusiva do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) está no jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (26).