A economia nacional perde aproximadamente R$ 1 bilhão, por ano, em decorrência da violência doméstica. A conclusão está Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar, que acompanhou a vida de 10 mil mulheres nas nove capitais nordestinas desde 2016.
A presidente do PSDB-Mulher do Ceará, Maria de Jesus Bertoldo, afirmou que o prejuízo, no caso da agredida, não é só econômico, mas afeta vários campos – o psicológico, o físico, o familiar e o social.
“Qualquer tipo de movimento, qualquer tipo de ação que recupere o poder dessas mulheres é válido. O agressor não pode ter certeza da impunidade. O Brasil perde com a perda da força de trabalho feminina”, afirmou a tucana.
Em seguida, Maria de Jesus Beltodo acrescenta: “É obvio que a mulher que sofreu violência vai render menos. É preciso sensibilidade dos empregadores e das empresas em perceber alterações no comportamento dessas mulheres e tomar atitudes para protegê-la”.
Dados
O levantamento foi apresentado na reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, por pesquisadores O estudo do Instituto Maria da Penha, dos Estados Unidos e da Europa.
A pesquisa revela ainda que, em média, as mulheres que são agredidas em casa e faltam ao trabalho como conseqüência das agressões em conseqüência a média salarial é reduzida em 10%.
Para Maria de Jesus Bertoldo, é necessário ter “muita coragem e força de vontade” para reagir às agressões e o caminho é via educação.
Coragem
“É preciso ter muita coragem e força de vontade para não admitir qualquer ato de violência. A denúncia e a mobilização ainda são as principais chaves para o combate a impunidade. A educação também, já que o machismo ainda é culturalmente enraizado no nosso cotidiano”, disse a tucana.
Porém, Maria de Jesus Bertoldo ressalta o medo que assombra as mulheres em denunciar e sofrer retaliação do agressor.
“É preciso dar confiança para essa mulher e dar apoio e suporte para que ela se sinta segura em denunciar”, afirmou ela. “O PSDB-Mulher tem um papel fundamental ao esclarecer os direitos dessas mulheres e de informa-las sobre cidadania e dignidade. Não podemos mais sofrer caladas.”
*Com informações do UOL.