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Gabrilli apela por melhoria de acessibilidade nas cidades

A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) alertou, no Dia Mundial do Pedestre, que as cidades brasileiras não dispõem de qualidade nem estão preparadas para as pessoas com deficiência e idosos. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGES) mostra que 20% das ruas não possui pavimentação.

“A calçada é o equipamento mais universal de uma cidade. Quando acessível, permite que pessoas com deficiência, idosos, obesos, mães com carrinhos de bebê e até mulheres de salto alto, caminhem sem nenhuma barreira”, ressaltou ela nas redes sociais.

Para Gabrilli, o Poder público tem de fazer sua parte e a sociedade cobrar. “Você também pode contribuir para uma cidade mais democrática, que respeita a diversidade humana. Esse também é o nosso papel como cidadãos”, afirmou.

Em seguida, a deputada orientou o que cada um deve fazer. “Precisamos fiscalizar e cobrar dos gestores públicos a manutenção e melhorias da mobilidade urbana. Quando melhoramos a cidade para um pedestre com deficiência, a tornamos melhor para todos”, disse.

Dados

O estudo do IBGE, com dados do censo de 2010, descreve que 31% das casas no país não têm calçadas no entorno e, quando têm, falta acessibilidade – neste item, apenas 4,7% apresenta rampas nas calçadas. Deste percentual, 8,6% das rampas acham-se nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes.

A acessibilidade piora se agrava à medida que diminui o tamanho do município, não passando de 2,7% em cidades com até 100 mil habitantes.

Para esta pesquisa, o IBGE analisou 47.264.208 dos 48.759.012 domicílios urbanos do Brasil. Outros dados apontados pelo estudo foram iluminação pública no entorno, presente em 96,3% dos domicílios, pavimentação (81,7%), e meio-fio (77%).

A pesquisa foi realizada no entorno de 96,9% dos domicílios particulares permanentes urbanos do País. Segundo o IBGE, não foi investigado o entorno dos domicílios onde não havia face de quadra identificada, situação comum em favelas e comunidades de baixa renda.