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Tucana defende investimento em tecnologia no combate à violência contra a mulher

A tecnologia e os mecanismos digitais de comunicação têm se tornado aliados importantes no combate aos crimes contra a mulher pelo mundo. As vítimas de abuso podem, por meio de aplicativos, denunciar o agressor de forma discreta, rápida e eficaz. No Brasil, vários estados já aderiram à tendência e estão investindo em ferramentas virtuais para ajudar mulheres em situação de perigo.

Uma pesquisa feita pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança mostrou que uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência em 2016. Só de agressões físicas, o número é assustador: 503 mulheres brasileiras vítimas a cada hora.

A prefeitura de Macapá (AP) anunciou nesta quarta-feira (26) o desenvolvimento de um aplicativo que pretende auxiliar mulheres em situações de violência. A principal funcionalidade do app, denominado de “Elas”, é enviar, por meio de um botão na tela, uma mensagem de texto com pedido de ajuda para até cinco contatos de confiança cadastrados pela usuária no aplicativo. As pessoas que receberem as mensagens serão informadas sobre quem enviou, facilitando a identificação do local onde a pessoa está.

A nova ferramenta será disponibilizada em breve paras as mulheres da cidade e está sendo elaborada em conjunto com o Ministério Público do Amapá (MP). A ferramenta estará disponível para usuárias de celulares e tablets do sistema Android.

O Governo do Distrito Federal (GDF) também investiu na tecnologia para proteger as mulheres. Em abril deste ano, vítimas de violência doméstica e sob medidas protetivas receberam um dispositivo móvel com aplicativo de monitoramento e “botão de pânico” para chamados emergenciais. Segundo o governo, as chamadas feitas por meio do aplicativo aparecerão com prioridade nas telas da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade), que recebe as ligações do 190, da Polícia Militar.

A presidente do PSDB-Mulher do Distrito Federal, Luiza Helena Werneck, acredita que a tecnologia está aprimorando as técnicas de empoderamento feminino e ressaltou que é preciso investir mais neste tipo de aplicativos.

“A questão da violência contra as mulheres é um problema profundo que necessita de ferramentas para ser eliminado e a tecnologia vem para isto. Esses aplicativos são nossos aliados e acredito que toda a forma de prevenção é válida”, disse.

Luiza lembrou que a cumplicidade entre mulheres no que se refere à denúncia de violência é antiga. “Em alguns estados brasileiros as mulheres usavam até apito para alertar que estavam sendo vitimadas. A tecnologia veio para dar inteligência e mais rapidez àquilo que dá suporte ao sexo feminino”, afirmou.

A tucana destacou a importância do investimento em tecnologia e a disseminação do conhecimento para que, no futuro, novos sistemas sejam elaborados no combate às agressões. “A tecnologia ajuda a união entre as mulheres. É por isso que o investimento na educação e nas pesquisas deve ser priorizado. Só assim o cenário de violência contra a mulher vai mudar”, concluiu.

EUA

Um adesivo ‘inteligente’ que ajuda no combate às agressões sexuais foi desenvolvido por uma pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos.

O aparelho pode ser grudado em peças de roupa e identifica contatos. Ligado ao celular das usuárias por meio de Bluetooth, o adesivo pergunta se o ato foi desejado ou não. Caso a resposta seja não, ele emite um alerta e liga para cinco contatos escolhidos, além de gravar o que está acontecendo.