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Mulheres estão mais propensas a desenvolver transtorno de estresse pós-traumático, aponta pesquisa

Detalhe de rosto de mulher de cabeça baixa simulando reflexão, ou estar com problemas. Foto: Marcos Santos / USP Imagens

O Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou as mulheres como as maiores vítimas do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), uma das consequências da violência. A cada homem com o problema, existem duas mulheres que sofrem do mal. As informações são de reportagem do G1.

A presidente do PSDB-Mulher do Rio de Janeiro, Sebastiana Azevedo, aponta o componente emocional como um dos fatores determinantes para que as mulheres desenvolvam mais traumas do que os homens. “A mulher tem uma sobrecarga muito maior na questão da violência, por ter um excesso de carga emocional, de trabalho, de cobrança da família”, pontuou.

A tucana destacou que grandes episódios de violência podem trazer consequências para o desempenho profissional das mulheres e que a questão hormonal também influencia os resultados. “Tem muito a ver com a carga hormonal, que pode ser aflorado pelo estresse, insegurança, medo, incerteza, por ser muito cobrada”, alertou.

A violência urbana no Brasil cresceu significativamente nos últimos anos da gestão de Dilma Roussef (PT), e a população sente até hoje os efeitos disso. Entre as diversas consequências do aumento da insegurança, o estudo relata que muitas mulheres sofrem de uma tristeza profunda, têm insônia, vivem com uma memória constante do sofrimento e chegam até a transformar suas dores em ódio.

A coordenadora científica do departamento de estudos de violência e saúde da Instituição Fiocruz, Maria Cecília de Souza Minayo, aponta que mulheres que já passaram pela maternidade ou perderam filhos para a violência, sofrem mais de TEPT. Na visão dos demais pesquisadores, elas são mais suscetíveis ao transtorno, principalmente, por questões culturais.

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