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Yeda comemora menor inflação dos últimos 11 anos

A inflação oficial de junho, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou a maior queda dos últimos 11 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução em 0,23% na inflação é também o melhor resultado para o mês desde a criação do Plano Real, em 1994. Com esse índice, a inflação acumulada em 12 meses voltou a cair, de 3,6% para 3%.

O resultado animou economistas, uma vez que a trajetória passou de uma alta generalizada dos preços em 2015, quando a inflação brasileira fechou em mais de 10%, e pode terminar abaixo dos 3% em 2017. Deputada federal pelo PSDB do Rio Grande do Sul, a economista Yeda Crusius comemora a deflação, e observa que outros movimentos positivos na área econômica acompanham a queda dos preços.

“Os economistas têm razão ao apontar isso como uma boa notícia. Ela vem acompanhada de outras boas notícias na área econômica, especialmente no campo da produção, como é o caso do agronegócio, que começa a movimentar de novo determinados setores da indústria mecânica, de automóveis. Tudo vai bem quando a inflação não dá sinais de alta”, afirmou a tucana.

A variação do IPCA foi puxada para baixo, segundo o IBGE, por três grandes grupos: a alimentação, os transportes e a habitação, que tiveram quedas de 0,5%, 0,52% e 0,77%, respectivamente. Economistas afirmam que as contas de luz e a boa safra agrícola foram alguns dos principais itens que aliviaram a pressão sobre os preços. Para Yeda, a diferença é boa para a economia, e melhor ainda para o consumidor de baixa renda, que foi o mais afetado pela inflação nos últimos anos.

“Isso dá não apenas uma folga orçamentária para quem ganha menos poder decidir onde vai gastar o pouco que recebe, mas, na verdade, muda muito, muda a perspectiva, a segurança no futuro.”

Alguns dos alimentos essenciais ficaram mais baratos em junho e, com isso, o preço da cesta básica caiu em 23 capitais. No acumulado em 12 meses, 22 cidades registraram queda na inflação, com recuos mais expressivos observados em Brasília, Belo Horizonte e Campo Grande.