Notícias

“Temos que perseguir o fim dessa desigualdade”, diz Yeda sobre mulheres ganharem 23,6% menos que os homens

Plenário - Grande Expediente

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta quarta-feira (5), revelou a diferença salarial que ainda existe entre homens e mulheres no Brasil. Segundo o levantamento, em 2015, as trabalhadoras brasileiras ganhavam 23,6% menos que os trabalhadores homens.

O IBGE também divulgou dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) mostrando que, levando em consideração o universo de pessoas ocupadas assalariadas, os homens receberam em média R$2.708,22, e as mulheres, R$2.191,59.

A deputada federal e presidente de honra do PSDB-Mulher, Yeda Crusius (PSDB-RS), afirmou que apesar da diferença, as mulheres já conseguiram avançar muito no mercado de trabalho. “Esta diferença de menos de 30% já nos mostra uma mudança cultural na prática objetiva e de qualificação da mulher. A diferença ainda é significativa e nós temos que perseguir o fim dessa desigualdade”, disse.

Quando questionada sobre a solução para o fim da diferença entre os gêneros, a tucana destacou que é preciso mudar a cultura. “O fim deste desequilíbrio depende não só de regras legais, mas também de uma mudança cultural por parte dos empregadores, que infelizmente ainda veem desvantagens em contratar mulheres. É necessário também mudança de atitude por parte das próprias empresas para adotar como política interna a não distinção entre salários entre homens e mulheres”, acrescentou.

Assalariados 

A pesquisa também mostrou que, do total de assalariados, 56% eram homens e 44% mulheres. Em relação a 2014, o número de assalariados recuou 3,6%, sendo a queda entre os homens foi de 4,5% e entre as mulheres, de 2,4%.

Entre os anos de 2010 e 2015, o percentual de mulheres ocupadas assalariadas aumentou 1,9 ponto percentual. Segundo a pesquisa do instituto, a maior participação feminina nesse período estava na administração pública e nas entidades sem fins lucrativos. Nas ONGs, a participação das mulheres passou de 53,3% para 55,8% e a dos homens caiu de 46,7% par 44,2%, no período.

Yeda Crusius destacou a importância da divulgação de pesquisas que mostrem a diferenciação que ainda existe em relação aos gêneros e ressaltou que, somente por meio do conhecimento dos dados, é possível mensurar o preconceito e elaborar inciativas para combatê-lo.

“Esses dados do IBGE nos interessam para saber que objetivo queremos lá na frente. Temos de ir diminuindo esta diferença até zerá-la porque a questão da igualdade de gênero é uma pauta mundial e afeta não só as mulheres como toda a sociedade”, concluiu.