Notícias

O Brasil faz a diferença no Haiti, analisa Bruna Furlan

Após passar dois dias no Haiti, observando o trabalho dos brasileiros no país vizinho, a presidente da Comissão de Relações Exteriores na Câmara, deputada Bruna Furlan (PSDB-SP), afirmou que a atuação dos militares e civis foi decisiva para a reconstrução do país, depois do terremoto, em 2010, que matou cerca de 220 mil pessoas e destruiu a região. A tucana também destacou o apoio na área de saúde.

Bruna Furlan fez um balanço sobre a estada no Haiti durante sessão na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

“Os nossos irmãos haitianos agradecem por essa política humanitária, solidária e baseada em princípios humanistas”, afirmou a tucana participou ainda da inauguração do Hospital Comunitário de Referência Dra. Zilda Arns, que atenderá cerca de 200 pacientes por dia, em Porto Príncipe, capital do Haiti e maior cidade do país.

O Hospital Zilda Arns é uma das três unidades de saúde construídas pelo Brasil no país e prestará atendimentos nas áreas de ortopedia, ginecologia, obstetrícia e pediatria além de clínica Geral. A instituição ganhou o nome da médica que morreu no terremoto, em 2010. Ela foi fundadora da Pastoral da Criança e reconhecida pelo trabalho humanitário destinado à redução da mortalidade infantil. Foi três vezes indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

Na passagem pelo Haiti, a deputada acompanhou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que assinou um acordo de apoio financeiro ao Fundo de Reconstrução do Haiti (FRH), que autoriza o uso de US$ 20 milhões remanescentes no FRH para a saúde do país. O Brasil foi o primeiro país a contribuir para esse fundo, com doação de US$ 55 milhões em 2010.

Logo após a assinatura relacionada ao FRH, o ministro Ricardo Barros fez a entrega simbólica pelo Ministério da Saúde do Brasil da doação de 15 mil doses da vacina antirrábica humana para o Haiti. O Haiti registra aumento nos casos de raiva no país. Paralelamente, o governo brasileiro participa da formação cerca de 1.600 profissionais de saúde, sendo 1.237 agentes comunitários, 53 inspetores sanitários e 310 auxiliares de enfermagem polivalentes.

Em outra frente, O Exército brasileiro, que integra a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) desde 2004, encerrará em outubro o trabalho no Haiti.

“O empenho, a dedicação e o profissionalismo dos nossos militares foram decisivos para que o país participasse de forma decisiva em todo o processo de reconstrução haitiana. Continuaremos contribuindo para que o Haiti, com sua gente alegre apesar das adversidades, possa seguir no caminho do desenvolvimento”, disse a deputada.