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“Lugar de mulher é onde ela quiser”, reforça deputada Shéridan

A deputada Shéridan (RR) fez uma defesa enfática das mulheres na tribuna da Câmara na sessão deste 8 de março, Dia Internacional da Mulher. “Lugar de mulher é onde ela quiser”, declarou. A tucana reforçou o direito da mulher de ocupar o papel que escolher sem ser diminuída pela sociedade.

A parlamentar cobrou respeito à mulher que opta por ser dona de casa e cuidar da família. “Ser dona de casa é um dos papéis mais importantes, nobres e árduos das mulheres que constroem a sociedade, proveem amor e se dedicam dia e noite à formação do cidadão e à construção do futuro do nosso país”, ressaltou.

Shéridan rechaçou os comentários de pessoas que, segundo ela, não têm propriedade para reduzir o papel das mulheres que assumiram a função de cuidar da casa e da família. “Feminismo é inclusive respeitar o direito da mulher de ser dona de casa. Isso não diminui a mulher em nada, pelo contrário”, reforçou. Mãe de duas filhas, a tucana destaca que sempre precisou ser forte, bem diferente da máxima do “sexo frágil” ainda propagada na nossa sociedade.

O dia 8 de Março é significativo para todas as mulheres, acrescentou, e as homenagens independem de conveniências políticas ou ideológicas. Como mulher e parlamentar, Shéridan afirma ter a responsabilidade de carregar consigo a esperança das mulheres de Roraima e lutar por quem não tem voz ou vez.

“Estou aqui para valorizar e garantir os direitos das mulheres que, assim como eu, cumprem jornada tripla: são mães, profissionais e tonas de cassa. Muitas, além de mães, são pais também”, completou.

As últimas décadas foram marcadas por profundas transformações na sociedade eu impactaram a vida da mulher. Shéridan citou a conquista do direito ao voto e a consolidação da participação feminina nas eleições. Houve ainda progressiva inserção das mulheres no mercado de trabalho, mas o espaço destinado a elas ainda não é justo. “Ainda existe uma disparidade muito grande e infeliz. Todas nós sabemos que capacidade e competência não é uma questão de gênero.”

Um avanço recente foi a Lei Maria da Penha, que completou 10 anos. Na avaliação da tucana, a lei é hoje a principal ferramenta jurídica de proteção às mulheres. No entanto, ela não impede inúmeras distorções e barbaridades em todo o país.

Shéridan está na luta por mais uma mudança em prol das mulheres: a tipificação da violência psicológica. “A violência física não é a única forma de despir a mulher da sua dignidade. A psicológica é tão grave quanto a anterior e também merece respostas legislativas, porque é uma violência silenciosa cada vez mais presente”, lamentou.

Ainda há um longo caminho a percorrer, inclusive na participação da mulher na política, mas a trajetória de luta pela igualdade continua. “Essa luta não pode se limitar à mulher; é uma luta dos homens; é uma luta das mulheres; é uma luta de todos nós”, frisou.

(Elisa Tecles/ Foto: Alexssandro Loyola)

Fonte: PSDB na Câmara