Uma data especial como hoje – 8 de Março – é um momento oportuno para refletirmos sobre a situação da mulher brasileira.
De um lado, podemos comemorar as lutas pelo empoderamento feminino no nosso País, mas na outra face da moeda nos deparamos com uma situação lamentável.
Estudo do Fórum Econômico Mundial revela que seriam necessários 95 anos para que mulheres e homens atingissem situação de plena igualdade no Brasil.
Nessa pesquisa, ficamos na 79ª posição no ranking global de 2016 da organização sobre o tema.
Em 2015, havia ficado na 85ª posição. Mas a pontuação do Brasil subiu apenas 0.687, sendo 1 o desempenho ideal.
As mulheres do Brasil têm um desempenho melhor que os brasileiros nos indicadores de saúde e educação, mas ainda enfrentam uma evidente diferença em representatividade política e paridade econômica.
O Índice Global de Desigualdade de Gênero avalia desde 2006 o progresso dos países na promoção de equilíbrio entre homens e mulheres.
Na elaboração do ranking, são levadas em consideração estatísticas de 144 países, que avaliam as condições enfrentadas por mulheres nas áreas de saúde, educação, paridade econômica e participação política.
O Brasil é o pior colocado entre as grandes economias do continente, atrás da Argentina (33º), México (66º) e Chile (70º), superando apenas o Uruguai (91º).
Segundo o relatório, as brasileiras sofrem com falta de representação política e salários baixos.
Essa desvantagem acontece mesmo diante do bom desempenho feminino que supera os homens em saúde e educação.
Segundo o estudo, para cada estudante homem do ensino superior brasileiro, elas ocupam 1,3 vaga.
Na saúde, as brasileiras também têm melhores indicadores: vivem em média cinco anos a mais que os brasileiros. A expectativa de vida feminina é de 68 anos, frente a 63 anos da masculina.
Portanto, convivemos com um paradoxo que merece uma atenta reflexão. Estamos celebrando conquistas, mas ainda falta uma longa caminhada para termos um motivo pleno para comemoração. Vamos celebrar sim, mas a hora é de luta porque as conquistas não podem cessar.
Já comprovamos que somos capazes, falta agora ampliar o espaço das conquistas tão necessárias num mundo, no qual se discute o empoderamento feminino com tanta veemência.
Fonte: Assessoria da deputada