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PSDB vota pela prorrogação por um ano de mandatos de dirigentes nacionais e estaduais

Aécio Neves, Antonio Imbassahy, José Serra, Paulo Bauer, Aloysio Nunes durante reunião da executiva do PSDB em Brasília. Df, 15/12/2016 - Foto Orlando Brito

foto-5-orlando-britoEm reunião na tarde desta quinta-feira (15/12), em Brasília, a Executiva Nacional do PSDB aprovou, por ampla maioria, a prorrogação por um ano dos mandatos dos dirigentes do partido. Com a decisão de 29 votos favoráveis e 2 contrários, o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves, e os dirigentes nacionais e estaduais, que encerrariam suas funções partidárias em maio de 2017, terão seus mandatos até maio de 2018.

A prorrogação está prevista no Estatuto do PSDB e já foi adotada em pelo menos quatro ocasiões diferentes. Entre os ex-presidentes que tiveram seus respectivos mandatos estendidos estão Teotônio Vilela, José Aníbal, Tasso Jereissati e Sérgio Guerra.

“Foi uma decisão de ampla maioria dos membros do partido. A direção nacional do partido foi provocada por 22 diretórios estaduais, na verdade, seguindo algo que se transformou quase que numa tradição no PSDB: a prorrogação, por mais um ano, dos mandatos da direção do partido. Portanto, os mandatos que findariam em maio de 2017 estão prorrogados já até maio de 2018”, afirmou o senador em entrevista coletiva.

A Executiva Nacional do PSDB também definiu que a prorrogação automática dos dirigentes estaduais poderá ser revista por meio de manifestação dos próprios diretórios até 15 de fevereiro de 2017. Já os diretórios municipais realizarão eleições entre março e abril do ano que vem, com mandato de um ano. Com a decisão de hoje, em 2018 haverá coincidência dos mandatos nacional, estadual e municipal.

A decisão contou com o voto por escrito do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, e a manifestação expressa de 22 diretórios estaduais.

Em entrevista, Aécio Neves ressaltou a importância da unidade do partido, sobretudo no apoio ao governo de transição de Michel Temer, que enfrenta a mais grave crise econômica do país.

“Isso retira da pauta, da agenda de 2017, qualquer tipo de disputa ou de desentendimento dentro do partido em um ano que, sabemos, extremamente delicado, com uma agenda econômica a enfrentar e o PSDB com a responsabilidade que tem em conduzir essa agenda. Em todas as eleições presidenciais, sem exceção, caminhamos juntos, não houve sequer disputa em convenção e não acredito que isso ocorrerá. A partir de 2017, acho que vai amadurecer dentro do PSDB o sentimento de quem é aquele companheiro que tem as melhores condições para disputar e vencer as eleições. E é em torno desse companheiro, eu espero, que o partido esteja absolutamente unido”, disse Aécio.