16-diasOpinião

Não pare de Lutar! por Rayssa Moura

Rayssa do PSDB DFNo último dia 25 celebramos o Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres. Esse dia foi instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU, em 1999 em honra às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pelo ditador Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana.

A violência contra as mulheres foi considerada um tabu por muito tempo. Somente na década de 70, a violência presente no espaço doméstico começou a fazer parte do senso comum. Essa violência é exercida de diversas formas: psicologicamente, sexualmente, fisicamente e até por instituições públicas e pelo Estado e, infelizmente, está presente em todo o mundo.

De acordo com dados da ONU, 7 em cada 10 mulheres no mundo, já foram ou serão violentadas em algum momento de suas vidas. Alguns países consideram essa violência como cultura: Índia, alguns países da África… São dados preocupantes.

No Brasil, por exemplo, A Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180, registrou 749.024 ligações só em 2015, isso equivale, aproximadamente, 62.418 ligações por mês e 2.052 por dia. No ranking mundial, o país é 5° em número de assassinato de mulheres.

Segundo o Instituto Nacional da Mulher, o Uruguai registrou, durante esse ano de 2016, cerca de 22 mil denúncias de violência de gênero. Na Cidade do México, uma vasta maioria de mulheres relatam ter sofrido alguma de violência sexual, 72% segundo o Instituto Nacional de Estatísticas. Não podemos esquecer da morte brutal da jovem Lucía Pérez na Argentina.

Se não bastasse, as mulheres ainda sofrem com preconceitos nas instituições públicas e nos governos. Elas continuam ganhando menos dinheiro do que os homens. Josefina Vázquez, ex-candidata para Presidência do México, em seu livro: “Una Lección para todas” mostra o quão desafiador é para uma mulher se inserir no ambiente político. Elas se deparam com muitos preconceitos de homens e até de mulheres durante uma campanha política.

É claro que temos de reconhecer alguns avanços nas leis e nos programas sociais para pôr fim a essa violência, como a criação Lei Maria da Penha, no Brasil em 2006. Mas, precisamos continuar lutando e quebrando barreiras para alcançar uma igualdade entre os gêneros. Muito foi feito, mas há muito o que se fazer ainda.

É UM DIA PARA CELEBRAR MAS TAMBÉM UM DIA LUTAR PELO QUE NÓS MERECEMOS

*Rayssa Moura é militante do PSDB-DF